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Florianópolis, 23 novembro 2024

Volta às aulas: Cinco dicas para proteger a saúde ocular das crianças  

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Sociedade Catarinense de Oftalmologia alerta que o comportamento diário das crianças pode indicar possíveis problemas de visão

O ano letivo de 2023 está iniciando, por isso, planejamento e organização são itens necessários para manter a rotina das crianças em ordem para que tudo corra bem. A preocupação com o material escolar, uniforme e transporte são comuns nesta época do ano, mas a saúde da criança também precisa de atenção, principalmente, a dos olhos.

A Sociedade Catarinense de Oftalmologia alerta sobre a importância de cuidar da visão na primeira infância, momento em que o sistema visual ainda está em formação e que por isso, afeta diretamente o bom desempenho escolar.

Nesta fase da vida, segundo o médico oftalmologista e presidente da entidade, Ayrton Ramos, doenças como miopia (dificuldade de enxergar longe) e hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) são comuns e nem sempre são percebidas pelos pais ou professores. “É importante observar o comportamento da criança em suas atividades diárias, principalmente, se houver reclamação da dificuldade de enxergar o quadro ou caderno. Nestes casos a recomendação é consultar um especialista, pois a criança pode estar com distúrbio ocular”, explica o especialista.

A seguir listamos cinco recomendações que pais e professores devem observar para garantir que a volta às aulas seja mais saudável e segura:

1 – Observar a mudança de comportamento durante a rotina da criança:

Perceber se a criança aproxima demais objetos do rosto, se precisa sentar muito próxima ao aparelho para assistir televisão ou tropeçar frequentemente em móveis. Sintomas físicos como lacrimejamento constante, olhos vermelhos, coceira ou sensibilidade à luz também indicam que pode haver algum problema na visão.

2 – Controlar o tempo em contato com aparelhos eletrônicos:

A pandemia de Covid-19 mudou a rotina social das famílias, principalmente na forma de estudar e de se distrair. Por um longo período as atividades em ambientes externos foram restringidas, o que favoreceu o excesso do uso das telas. “Acontece que o uso descontrolado desses aparelhos exige esforço constante do músculo do foco ocular, não o deixando relaxar, causando o erro refrativo”, explica o oftalmologista. Por isso, a orientação é diminuir o tempo que as crianças passam em contato com dispositivos, como celulares, computadores e televisão.

3 – Buscar informações com os professores sobre o comportamento em sala de aula:

Sempre que possível os pais devem conversar com os professores para saber como está o desempenho da criança e caso for identificado qualquer dificuldade do pequeno para ler, escrever ou brincar com os colegas, é necessário investigar o que está causando este comportamento para evitar complicações no desenvolvimento de aprendizagem e socialização.

4 – Consulte um médico oftalmologista periodicamente:

É importante que o acompanhamento oftalmológico ocorra desde o nascimento da criança, por meio do teste do olhinho, e se este for normal, a realização de consulta a cada seis meses, durante os primeiros dois anos de vida. “Algumas doenças podem surgir já na primeira infância e, quando não identificadas e tratadas precocemente, podem atrapalhar o aprendizado das crianças”, recomenda Ayrton Ramos.

5 – Escolha as lentes corretas para os óculos infantis:

De acordo com o médico oftalmologista os óculos infantis devem ser flexíveis, leves e fortes para que a criança possa fazer uso deles em todas as suas atividades diárias, seja na escola, em casa e durante as brincadeiras.

Texto: Francelise Martini para Casa de la Gracia Comunica

Foto: Tony Mucci/Unsplash