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Florianópolis, 22 novembro 2024

Volta à Ilha em caiaques

Meio ambienteVolta à Ilha em caiaques
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Trio faz jornada com o objetivo de divulgar a importância da necessidade da preservação ambiental

Três catarinenses de São José, na Grande Florianópolis, partem hoje, às 9h, em uma viagem de caiaque ao redor da Ilha de Santa Catarina. Serão percorridos mais de 240 quilômetros em 10 dias de aventura, com o objetivo de sensibilizar moradores e turistas de Florianópolis para a preservação do ambiente.

Os irmãos Giliarde Lopes, 27 anos, e Luciano Lopes, 31 anos, moradores do Bairro Forquilinha, em São José, percorrem o trajeto de caiaque em volta da Ilha pela segunda vez. No comando da expedição está o experiente caiaqueiro Silvano Malagoli, 45.

Desde a primeira “Ação Mar Limpo”, em 2006, os remadores sentiram a necessidade de uma maior preparação do grupo.

– Desta vez, estamos mais organizados, treinamos bastante e estamos levando os equipamentos adequados – disse Giliarde, referindo-se aos instrumentos como bússola, capa de chuva, coletes salvavidas, telefone celular, bolsa impermeável, roupas de lycra, barras de cereal, câmera fotográfica e barracas.

A jornada terá início no Centro Histórico de São José, seguindo em direção ao Norte da Ilha. Sem destino certo para montar acampamento, os remadores deverão passar pelas praias de Sambaqui, do Forte, Ponta das Canas, Ingleses, Barra da Lagoa, Armação, Pântano do Sul e Ribeirão da Ilha. Dependendo das condições do vento e do mar, eles pretendem remar de seis a sete horas por dia, com intervalos de 15 minutos para reabastecer as energias.

– Além de ressaltar a necessidade da discussão do problema da pesca predatória em alto-mar, que dificulta o trabalho do pescador artesanal, a gente se diverte muito. Os pescadores nos emprestam as tarrafas, pescamos e ali a gente come e dorme – comentou Silvano.

Ecossistemas da região serão fotografados

Para garantir a segurança, um carro de apoio irá acompanhá-los em alguns pontos da viagem, com mantimentos e roupas limpas. Mesmo assim, o grupo ressalta que o esporte pode ser perigoso e não aconselha qualquer pessoa a fazer isso.

– O caiaqueiro precisa ter uma autorização para navegação da Capitania dos Portos, além de muita experiência e horas de treinamento, principalmente para saber o que fazer se o caiaque virar – destacou Silvano.

No trajeto, os remadores irão fotografar parte da fauna e da flora da Capital, além das ilhas menores, mangues, rios, praias e lagoas. Os caiaqueiros deverão regressar a São José no dia 15.

(Santelmo Marin, DC, 05/01/2009)