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Florianópolis, 23 novembro 2024

Viva Floripa: e lá se vão 349 anos de muitas histórias e estórias

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Escrever sobre a minha, a nossa cidade é e sempre será um prazer. Ainda mais quando é para escrever na data do seu aniversário. Escrever sobre Floripa, é nos remeter aos seus personagens, suas lendas, seus tantos contos, sua natureza ímpar e seu ar incrivelmente acolhedor.

Como falar de Floripa e não lembrar de Franklin Cascaes, que durante sua vida debruçou-se em pesquisas acerca da nossa cultura açoriana para que hoje pudéssemos conhecer o que de mais rico possuímos em termos em cultura e costumes, que posteriormente estuda por tantos outros importantes pesquisadores. Ressalto aqui, como é conhecida Florianópolis, “Ilha da Magia”, com todas suas lendas em relação as bruxas que aqui habitavam, contadas pelos açorianos. Bruxas estas que tinham um salão de festas na Praia do Itaguaçu, parte continental de Florianópolis.

Celeiro de imortais intelectuais, perpetuados na Academia Catarinense de Letras, como o poeta simbolista negro Cruz e Sousa, grandes estadistas, que se tornaram líderes nacionais, empresários que deixaram um legado no empreendedorismo do nosso estado, artistas reconhecidos internacionalmente pela sua arte.

Mas Floripa não é lembrada só por seus notórios manezinhos, afinal ela para chegar onde conhecemos hoje, precisou de muitas mãos de pessoas desconhecidas. Mas de raízes açorianas marcadas pela pesca, pela renda de bilro, pelo artesanato, tapeçarias e confecção de balaios e gaiolas. Fortalecidas com tradições como boi de mamão, dança do pau de fita, terno de reis, entre outros.

A velha rendeira da Lagoa da Conceição, hoje observa sentada uma cidade marcada pelo desenvolvimento, muitas vezes lamentando o esquecimento dos seus costumes. O pescador aguarda a safra da tainha já sem muito otimismo, sabendo que a tradição pode estar acabando pela falta de incentivo.

É hora de comemorarmos, merecemos, a cidade precisa, mas precisa também rever a forma como estamos lidando com ela, por ser tão acolhedora, ela precisa ser melhor cuidada e planejada, para que as futuras gerações, sejam elas de manezinhos “raiz” ou não, possam ver e contar tudo aquilo que nossa Floripa tem de melhor para o mundo inteiro ver.

Só depende de nós. Parabéns Floripa.

Por Paulo Correa

Foto: Adobe Stock