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Florianópolis, 27 novembro 2024
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UFSC revive tempo dos festivais de música

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O campus universitário da UFSC viveu, neste final de semana, os tempos dos festivais de música dos anos 60 e 70, com a realização da I Mostra Musical, promovida pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte). A música instrumental “Habanera”, de Willian Fernandes de Souza, executada em violino, abriu às 17h30min de sábado a apresentação dos artistas selecionados pelo Festival de Música da UFSC – Edição 50 anos.

“Humungos”, de Gabriel Felipe Dutra, ao som de bandolins, fechou o primeiro dia da mostra, que teve ao total dez bandas aplaudidas pela originalidade, pesquisa e qualidade de execução. Ao final, o grupo profissional Sociedade Soul sacudiu o público, que começou tímido e aos poucos tomou conta da Praça da Cidadania, onde se concentraram mais de três mil pessoas até a meia noite de domingo.

Ao abrir o espetáculo, a secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges anunciou que a recepção do público e o nível das composições consolidam o Festival de Música, que desde já entra na pauta anual dos eventos culturais da Grande Florianópolis.

Aproveitando a temperatura amena da noite, o público curtiu MPB, bossa nova, rock e principalmente composições instrumentais de caráter experimental que marcaram o primeiro dia da mostra.

“A qualidade técnica e artística em geral superou nossas expectativas”, avaliou o coordenador do evento, Marco Valente, que também coordena o Projeto 12:30, do Departamento Artístico Cultural. Alguns músicos surpreenderam pelo carisma e presença de palco, como Naya Rodrigues, de “Olhos Negros”, enquanto a canadense Isabelle Quimper arrepiou a plateia com a interpretação da canção em francês “Fille Faille”.

Ao final de cada dia, os músicos selecionados pelo festival recebem troféus de participação. Durante o espetáculo, equipes profissionais captaram áudio e imagens para a produção de um CD e um DVD comemorativo aos 50 anos de aniversário da UFSC.

O reitor Alvaro Prata também aplaudiu os artistas e destacou a importância da realização de um primeiro festival de música, que ainda era uma área cultural pouco incentivada no Estado. “Basta saber que os festivais dos anos 60 revelaram os grandes ícones da MPB”,
lembrou o reitor, que voltou no domingo para assistir a filha Mariana acompanhar na flauta doce a pianista Denise Castro na música “Ninguém merece”, que encerrou a Mostra no segundo dia.

“Era o festival de música contemporânea e de produção própria que faltava na nossa região”, exaltou Geraldo Borges, 27 anos, cuja banda Blame se apresenta no domingo. A iniciativa foi elogiada por Guilherme Isoppo, 28 anos, formado em Geografia, que aplaudiu a seleção de músicas e o incremento da vida cultural na UFSC. Até os alunos do Centro Tecnológico, que participavam ao lado da concorrida Festa Solidária dos Calouros foram atraídos pelo Festival, que recebeu apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e da
Associação de Professores da UFSC.

Por Raquel Wandelli / Jornalista da SeCArte