spot_imgspot_img
Florianópolis, 23 novembro 2024

Turma de escola pública do Campeche aprende Libras para se comunicar com coleguinha surda

EducaçãoTurma de escola pública do Campeche aprende Libras para se comunicar com...
spot_img
spot_img

Compartilhe

A assessoria de comunicação da Prefeitura da Capital divulgou nesta quinta-feira, 22, a história da Rafaella Vitoria, de 8 anos, uma aluna da Escola Básica Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no Campeche. Ela é surda, mas isso não impede a sua interação com os colegas de turma. 

 Pela manhã, duas vezes por semana, sob o comando do professor Renato Nilson das Chagas e da intérprete Kátia Sandra Santos Hilarião, a turma aprende a Língua Brasileira de Sinais. O trabalho é realizado desde o ano passado, quando Rafaella e o grupo entraram na unidade educativa da Secretaria de Educação de Florianópolis.

 Durante 45 minutos, a dupla de profissionais ensina a Libras para os 24 coleguinhas de turma da Rafaella. A técnica leva em consideração a localização das mãos em relação ao corpo, expressão do rosto e movimentação que é feita no momento de produção de sinais.

 As crianças praticam a Língua de Sinais através de atividades e brincadeiras. Jogando forca, Renato coloca o número de letras no quadro e os pequenos respondem fazendo os símbolos correspondentes. Mímicas também ajudam no aprendizado. Um aluno encena a ação da vez e os demais tentam adivinhar utilizando a linguagem de sinais.

Rafaella conta que gosta bastante das aulas de Libras e que adora ver os colegas aprendendo junto com ela. Rafaella participa de atividades no contraturno em dois dias da semana. Também acompanhada de Renato e da professora de Atendimento Educacional Especializado Tatiane Ramos da Silva, ela passa a tarde aprimorando seus conhecimentos da linguagem dos sinais e do português, dando continuidade ao que é visto em sala.

 Cristina do Carmo Quinapp, mãe de Rafaella, relata que, com o ensino de Libras para toda a turma, a pequena se sente incluída e acolhida. “Não adianta querer inserir o surdo no mundo do ouvinte e não inserir o ouvinte no mundo, na realidade do surdo. Isso é inclusão”. Segundo ela, a pequena se sente ainda mais parte do grupo devido ao fato de que, na unidade, apresentações artísticas como teatro são realizadas com o uso da linguagem de sinais.