O número de pessoas que morreram vítimas de acidentes de trânsito em Florianópolis em 2014 aumentou 56,6% em relação aos óbitos registrados no ano anterior. Essa realidade elevou a taxa de mortalidade no trânsito, na Capital catarinense, de 11,7 para 18 óbitos em cada 100 mil habitantes – índice bem acima da média nacional, que oscila entre 12 e 13 mortes em cada 100 mil habitantes.
Do total de 83 óbitos notificados em 2014, 59% ocorreram no primeiro semestre de 2014, concentrados nos meses de janeiro, fevereiro, março e maio. A maioria das vítimas era formada por homens, com idades entre 21 e 40 anos.
A maior parte dos acidentes foi registrada à noite, e quase a totalidade (92%) ocorreu entre quintas-feiras e sábados. Conforme o relatório, foi confirmada a presença de álcool no sangue das vítimas em 85% dos desastres ocorridos à noite. Entre os que morreram, 32 haviam ingerido álcool.
Falta de visibilidade, consumo de álcool, velocidade alta e problemas na infraestrutura viária estão entre os principais fatores identificados. Os locais mais recorrentes em acidentes graves, em Florianópolis, são o Norte da Ilha, especialmente nas rodovias SC-401 e SC-403; Saco Grande; Continente/Centro; Via Expressa Sul e no elevado do CIC (Centro Integrado de Cultura.
Os dados fazem parte do Relatório das Análises dos Desastres de Trânsito apresentado semana passada pelo projeto Rede Vida no Trânsito, cuja secretaria geral este ano está sob a responsabilidade da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
O relatório foi produzido pelo Grupo de Informação do projeto Rede Vida no Trânsito com base na análise de documentos oficiais relacionados a cada óbito ocorrido, como boletins de ocorrência da Polícia Militar e da Guarda Municipal, laudos do Instituto Médico Legal (IML), das emergências de hospitais e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU); e exames de alcoolemia.