por Heitor Blum S.Thiago
Diretor Executivo do CPDI
Ecossistema de Inovação são ambientes que promovem articulações entre diferentes atores que enxergam a inovação como força motriz para o desenvolvimento social e econômico. Países, impulsionados pelo número de inovações que produzem, são identificados pelo sucesso na qualidade de vida de seus habitantes. As inovações são proporcionadas pelos talentos que criam novos produtos e serviços que tem como insumo as tecnologias da informação e da comunicação digital. Dentro do Ecossistema de Inovação é importante que haja uma política de formação de talentos, uma vez que há uma persistente dificuldade na obtenção de talentos. Por outro lado, têm-se um enorme número de pessoas, sobretudo jovens, que se encontram em vulnerabilidade socioeconômica, com enorme potencial, porém sem o devido preparo. O desafio é torná-las úteis ao Ecossistema de Inovação.
É necessário que sejamos criativos para proporcionar acesso ao conhecimento a esses talentos que, em geral, têm formação educacional precária e acesso limitado às tecnologias, potencializando dessa forma às oportunidades de acesso ao mercado de trabalho. O Comitê para Democratização da Informática de Santa Catarina – CPDI em Florianópolis, tem trabalhado para mudar esta realidade, identificando potenciais talentos que poderão suprir a demanda para o Ecossistema de Inovação.
Todavia, uma vez identificado esses talentos, cabe questionar: o que falta para que isso se torne realidade? A resposta é simples, investimentos dos órgãos de fomento e das próprias organizações que demandam os talentos, em formação continuada que complemente a formação básica, muitas vezes ineficiente (português, inglês, matemática, física, relações humanas).
Há quanto tempo se fala em melhorar a educação pública? Será que o setor de tecnologia pode esperar por essa melhora prometida? Se de fato somos, e desejamos continuar a ser, uma cidade inovadora, e se almejamos que realmente aconteça, em Florianópolis, uma revolução na formação de talentos, é preciso que organizações como FAPESC, Universidades, PMF, ICOM, ACATE, SENAI, CIEE, CMDCA, se unam e desenvolvam um ambiente de educação proposital à formação desses jovens, que já foram identificados com potencial para integrarem o contingente de profissionais das empresas de base tecnológica.
Vamos fazer diferente! Vamos inovar! Vamos promover efetivamente a Inclusão Social!
