São preocupantes as recentes notícias que dão conta do cancelamento dos festejos de fim de ano em vários Municípios brasileiros como decorrência da transmissão local da variante Ômicron da Covid-19.
Preocupam-nos, porém, não pela existência dessa variante no território nacional, situação que inevitavelmente haveria de ocorrer em um mundo que lenta e gradualmente retoma a normalidade em todos os setores da economia e nos hábitos dos cidadãos. O problema, em nosso sentir, está na possível adoção de uma medida tão extrema para a economia local quanto precipitada em seus propósitos, se analisado o risco efetivo que está em jogo.
Ora, a tal variante Ômicron, em que se baseiam as autoridades públicas para sobrestar as festividades, já foi detectada em trinta e oito países, os mais recentes deles sendo os Estados Unidos e a Austrália. Todavia, até o presente momento o mundo não testemunhou nenhuma morte relacionada à infecção por Covid-19 potencializada por essa mutação específica, de acordo com dados fornecidos por ninguém menos que a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não menos importante é o fato de o Brasil hoje ostentar, no concerto das nações, os mais altos percentuais de imunização de sua população, o que só reforça o agravamento da preocupação pelos segmentos produtivos, responsáveis pela manutenção de empregos e renda da população.
A CDL de Florianópolis vê com preocupação esse cenário de incoerência reinante, mas acredita que os dados estatísticos trazidos à lume pela própria ciência são por si só elucidativos para que os gestores públicos ajam com a devida cautela sem serem responsáveis pela frágil retomada econômica de que o Brasil urgentemente precisa.
Diretoria da CDL de Florianópolis.
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