A Pesquisa Mensal do Serviço (PMS), divulgada terça-feira, 18, pelo IBGE, demonstrou que no mês de junho, em Santa Catarina, a receita dos serviços cresceu 7,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, abaixo da inflação acumulada no período de 9,5%, segundo o IPCA – portanto, um resultado real negativo de 2,1%. No acumulado de 12 meses, a receita nominal se encontra em 6,4%. No Brasil, o setor de serviços registrou crescimento nominal de 2,1% na comparação com igual mês do ano anterior, superior às taxas de maio (1,1%) e abril (1,7%).
Nos serviços prestados à família o crescimento catarinense no acumulado de 12 meses foi de 12,5%; serviços de informação e comunicação, 6,3%; serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,6%; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, 4,4%; e outros serviços, 10,5%.
O setor de serviços catarinense sofre os impactos da desaceleração do comércio, cujo volume de vendas no acumulado de 12 meses se reduz a cada mês, chegando a uma taxa negativa de -0,1% em junho de 2015. Também houve queda na indústria, que em 12 meses recuou -5% no Brasil e -4,4% em Santa Catarina, segundo dados do IBGE.
Os serviços andam juntos com a atividade industrial, especialmente os que se relacionam com os transportes. Os cortes orçamentários por parte dos governos federais, estaduais e municipais e a desaceleração da renda das famílias também desempenham um forte papel na queda dos serviços.
Por fim, o resultado do mês de junho chama atenção para o fato preocupante de já ser o 16º mês consecutivo no Brasil, e o oitavo mês em Santa Catarina, que o faturamento cresce abaixo da inflação do setor no país. Ou seja, cada vez diminui mais a capacidade do setor de repassar o aumento de custos para o preço final, devido à retração da demanda, situação que já está trazendo fortes impactos negativos, ao reduzir as margens de lucro e os investimentos ao setor.