Ocorreu na noite desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, uma audiência tratando do uso e ocupação dos 456 mil metros quadrados do aterro da Baía Sul, na região central da cidade. A apresentação conjunta evidenciou o fato de que a Santa Catarina Parcerias (SCPar), empresa do governo do Estado, e a Prefeitura Municipal têm projetos distintos para o local. As informações são da Agência Alesc.
Enquanto a SCPar trabalha com a hipótese de implantar um dos projetos de mobilidade urbana apresentados pelo Grupo CCR e pelo Consórcio Floripa em Movimento, o município, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SDUM), planeja requalificar o aterro, construindo no espaço uma Passarela Jardim com 7 metros de altura, ligando a Praça XV de Novembro, no Centro, outra vez ao mar.
O representante da SCPar admitiu que os planos das empresas que se habilitaram no edital de mobilidade urbana não levam em conta as intervenções que a prefeitura deseja executar no aterro da Baía Sul. Por outro lado, o município planeja iniciar as obras ainda em 2014. Para o vereador Lino Peres, a audiência objetivou conhecer as ideias dos atores com interesse no aterro para compor “um mosaico” e, se necessário, promover ajustes.
Segundo o arquiteto César Floriano, secretário-adjunto da SDUM, a Passarela Jardim contempla a construção de quadras de esportes, espaço para grandes eventos, pista de skate, comércio, barzinhos e restaurantes nos terraços, além de previsão para construção da sede da prefeitura. De acordo com o arquiteto, a execução da obra está prevista para iniciar ainda em 2014, com custo estimado em R$ 10 milhões.
O aterro é um imóvel de 456 mil metros quadrados pertencente à União. Em 1974 foi assinado um contrato de cessão para Estado. Entretanto, em 2000, o governo estadual reverteu a doação em favor da União. De acordo com a representante da SPU, o aterro destina-se a obras do sistema viário, à construção de equipamentos públicos e para sedes de órgãos públicos.