Em meio ao Janeiro Branco, o cuidado integrado torna-se essencial
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que há uma conexão significativa entre a saúde mental e a saúde ocular. Condições como estresse, ansiedade e depressão não afetam apenas o bem-estar psicológico, mas também podem desencadear problemas oftalmológicos. Entre eles estão a visão embaçada, olhos secos e alterações mais graves, como a retinopatia serosa central — uma condição caracterizada pelo acúmulo de fluido na retina, frequentemente associada ao estresse crônico. Essas constatações fazem parte do Relatório Mundial sobre a Visão, que reforça a necessidade de abordar a saúde de forma integral.
A oftalmologista Déborah Ribas, do Hospital dos Olhos de Florianópolis (HOF), alerta sobre a importância de reconhecer os sinais precoces de problemas oculares relacionados à saúde mental. “A detecção precoce é crucial, pois permite tratar tanto os problemas emocionais do paciente quanto às condições relacionadas à visão. O tratamento conjunto melhora significativamente a qualidade de vida do indivíduo”, afirma a especialista.
Por outro lado, a perda de visão provocada por doenças como catarata, glaucoma e degeneração macular pode ter impacto direto na saúde mental. Estudos mostram que a perda visual está frequentemente associada a quadros de depressão, ansiedade e até isolamento social, reforçando a importância de tratar essas condições.
Para interromper esse ciclo, a OMS recomenda consultas oftalmológicas regulares, práticas de manejo do estresse, um estilo de vida saudável incluindo alimentação equilibrada, sono adequado e atividade física regular, que beneficiam tanto a saúde mental quanto a ocular.
Durante a campanha Janeiro Branco, o Hospital dos Olhos de Florianópolis (HOF) reforça a importância de cuidar da saúde mental e ocular de maneira conjunta. Reconhecer a relação entre essas áreas é essencial para promover o bem-estar integral e prevenir complicações que poderiam ser evitadas com um olhar atento.