spot_imgspot_img
Florianópolis, 25 novembro 2024
spot_imgspot_img

Santa Catarina terá campanha permanente contra acidentes com motociclistas

PolíticaSanta Catarina terá campanha permanente contra acidentes com motociclistas
spot_img
spot_img

Compartilhe

Projeto de lei da deputada Ada de Luca foi aprovado; em dez anos, 200 mil morreram no país

Santa Catarina terá uma campanha estadual permanente para a prevenção de acidentes com motociclistas. O projeto de lei apresentado pela deputada estadual Ada Faraco de Luca (MDB) foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (1º). Em defesa da matéria, a parlamentar apresentou números alarmantes sobre as ocorrências de trânsito envolvendo motos.
Entre os anos de 2008 e 2018, 200 mil motociclistas morreram em acidentes em todo o país. Os dados foram apurados a partir de informações do Dpvat, que é o seguro para danos causados por veículos. Pelo menos 2,5 milhões de brasileiros ficaram permanentemente inválidos para o trabalho neste mesmo período. Esse total de inválidos representa a soma da população total das oito maiores cidades de Santa Catarina. No Estado, um levantamento aponta que 40% dos acidentes nas rodovias federais envolveram motociclistas.
As vítimas, na grande maioria, são homens e tem entre 18 e 34 anos. "São pessoas em plena capacidade produtiva, mas que ficam inválidos para o trabalho", afirmou Ada. Outra preocupação é com o crescimento acentuado no número de acidentes com motos. Nos mesmos dez anos analisados, houve aumento de 72%. Os acidentes envolvendo outros meios de transporte cresceram 28%.

Sobrecarga na saúde
A sobrecarga no sistema de saúde também é preocupante. Em 2018, mais de 57% das internações por acidentes de trânsito no SUS em todo o país foram de motociclistas. "Os serviços de emergência ficam sobrecarregados. Muitos leitos poderiam estar ocupados por pacientes que têm outros problemas, ainda mais agora com essa pandemia de coronavírus", disse Ada.
A proposta foi apresentada ainda na legislatura anterior, em setembro de 2018. Depois de diligências externas, o texto foi aprovado em todas as comissões.