Enquanto Santa Catarina contabiliza 8,5 milhões de assinantes de celulares e 2.276 antenas, menos de 200 funcionários atuam no serviço de telefonia móvel no estado. Os dados foram apresentados aos deputados membros da CPI da Telefonia Móvel, durante a reunião da comissão nesta terça-feira, 11, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Sintel). As informações são da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa.
Além de pouca gente trabalhando no setor, a terceirização dos serviços das quatro operadoras de celular é apontada pelo Sintel como a principal causa dos problemas enfrentados pelos clientes.
Outro reflexo da terceirização apontada pelo sindicado é a alta rotatividade nos call centers das operadoras. Os índices ficam entre 60% e 70% ao ano nesta área, que é praticamente 100% terceirizada pelas operadoras, segundo o sindicato.
O sindicato aponta como vitória a lei que estabelece o salário mínimo regional no estado, tornando mais digno o salário dos operadores de call center. “Garantimos o salário de setecentos e poucos reais pelo menos. Nem isso as operadoras queriam cumprir. Florianópolis era conhecida como a capital do call center. Depois do mínimo regional, as operadoras tiraram seus atendimentos do estado”, destacou o diretor administrativo do Sintel, José Aldomiro de Souza.