Seu Luiz e os Enfurnados, de Florianópolis, apresenta sete músicas autorais no álbum 98, produzido por Fabio Sung e já disponível nas principais plataformas de streaming
O ano era 98. Rolling Stones estava no Brasil com a Bridges to Babylon Tour, com dois shows, no Rio de Janeiro e São Paulo, que tiveram nada menos que a participação de Bob Dylan. Naquele mesmo ano o Brasil foi vice-campeão da 16ª edição da Copa do Mundo FIFA, na França. Enquanto isso, dois amigos começavam, em Florianópolis, a aprender música e se encantar pelo universo dos instrumentos, das composições e melodias. Rock n roll com referência de blues e folk, “bebendo da fonte” de clássicos mundiais e brasileiros dos anos 70 e 80 influenciaram as composições que, recentemente, ganharam os riffs, o groove e as batidas que faltavam para o lançamento do álbum 98, da banda catarinense Seu Luiz e os Enfurnados. Sete músicas autorais, compostas por Rafael Meksenas e Vitor Graf, completam o primeiro álbum da banda, que conta também com os músicos Matheus Pasinatto e Gustavo Borges. Lançado nesta quinta-feira, 27, o álbum 98 já pode ser ouvido nas principais plataformas de streaming.
A batida envolvente de um romance melódico, o dedilhar nas cordas do baixo e da guitarra, que dão o tom exato para a entrega do blues, e o charme dos metais encaixados perfeitamente aparecem em “Como você está”, canção que mostra logo de cara que música é coisa que a banda Seu Luiz e os Enfurnados sabe fazer muito bem. Além dela, “Belchior”, “Mais uma vez”, “Profecia”, “Sem paciência”, “Tudo ou nada”, e “Você ainda vai lembrar de mim” entram, uma a uma, numa sequência cadenciada. A atitude do rock n roll misturado ao blues romântico rasgado traz nas letras trechos curiosos, interessantes e que embalam e provocam aqueles que escutam.
Violão, gaita, guitarra, baixo, banjo, bandolim, trompete, trompa, bateria, voz, piano, chocalho, e meia lua são explorados e aproveitados na medida para fazerem do álbum 98 uma verdadeira jóia. As referências para o som tão bem feito vem de uma lista grande – e coisa fina: Rolling Stones, Howlin’ Wolf, Muddy Waters, Tom Zé, Mutantes, Beatles, Secos e Molhados, Cazuza, Titãs, Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, Belchior, Caetano Veloso, Cássia Eller e Gal Costa.
A banda tem em sua formação os músicos Rafael Meksenas – na guitarra, Vitor Graf – na voz, guitarra e gaita, Matheus Pasinatto – no contrabaixo elétrico, e Gustavo Borges – na bateria. As letras são de Vitor e Rafael, que há décadas se divertem compondo, mas foi durante a pandemia da Covid-19 que a dupla começou a organizar os sons para finalmente lançar. O curioso nome da banda é uma referência saudosista ao porteiro Seu Luiz, do condomínio onde Rafael e Vitor ficavam “enfurnados” compondo e gravando. Conhecido na cena musical catarinense, Rafael já tocou com músicos e artistas locais, entre eles Marcoliva e Tatiana Cobbett.
Produzido por Fabio Sung, da Zou Bisou Music, de Florianópolis, o álbum 98 já abre espaço para um single fresquinho que, em breve, será lançado. E no dia 9 de agosto a banda Seu Luiz e os Enfurnados toca no lendário projeto 12:30, na UFSC. O show é gratuito e faz parte da 9ª Semana do Rock Catarinense.
Ficha técnica – Álbum 98
Banda: Seu Luiz e os Enfurnados
Músicos: Gustavo Borges – bateria; Matheus Pasinatto – contrabaixo elétrico; Rafael Meksenas – guitarra e composição; Vitor Graf – voz, guitarra, gaita e composição | Participação: Bruno Passos – trompete; Bernardo Flesch – teclado e piano.
Produção: Fabio Sung | Gravação: Ouié Studio e Zubi Estúdio
Plataformas de streaming: https://ditto.fm/98-seu-luiz-e-os-enfurnados