Os próximos passos da restauração da Ponte Hercílio Luz foram apresentados na manhã desta terça-feira, 17, durante coletiva de imprensa com o governador Raimundo Colombo, em Florianópolis.
Colombo fez uma avaliação dos trabalhos realizados na semana passada, quando ocorreu a primeira fase da transferência de cargas da ponte, e falou dos próximos desafios da restauração. “Passamos por uma operação de risco na última semana, que foi vencida com total sucesso e mais rápido do que esperávamos. Ainda temos momentos desafiadores pela frente, mas estamos dentro do prazo. Dependendo de como serão os trabalhos de desmontagem das barras de olhal, podemos ganhar de três a quatro meses. Isso reduz a nossa previsão de entrega”, disse o governador.
A segunda fase do trabalho de transferência de cargas da Ponte Hercílio Luz teve início na noite desta segunda-feira, 16, e será dividida em sete etapas. Em cada uma delas, será feito o corte de quatro cabos pendurais (dois do lado continental e dois do lado insular, simultamente), chegando a um total de 28.
Esta fase consiste no corte dos cabos maiores mais próximos à torre principal da Ilha e Continente. Não será necessário impedir a navegação embaixo da ponte.
A previsão é que a operação termine em, no máximo, duas semanas. Os trabalhos dependem das condições climáticas e da força do vento. O processo tem início sempre às 22h e se estende até, aproximadamente, às 4h.
Segundo o engenheiro fiscal da obra, Wenceslau Diotallévy, os cabos são cortados durante a noite e retirados durante o dia. O presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, explica que o grau de dificuldade aumenta a cada etapa de evolução da obra. Porém, ele também ressalta que um dos momentos mais delicados será a troca das barras de olhal.
Passo a passo
A primeira fase foi dividida em cinco etapas. Na primeira operação, em fevereiro deste ano, foram içados 13 centímetros do vão central. E agora em outubro, nas quatro operações da semana passada, foram elevados mais 8,7 centímetros na segunda-feira (09/10), 11 centímetros na terça-feira (10/10), 10,9 centímetros na madrugada de sexta-feira (13/10) e os últimos 10,7 centímetros entre a noite de sexta-feira e madrugada de sábado (14/10). O trabalho foi realizado sempre à noite para evitar influências térmicas.
A primeira etapa foi concluída antes do tempo previsto. A projeção inicial era de que seriam necessários até 15 dias para o trabalho completo. A reação da estrutura e o clima favorável durante os procedimentos foram alguns dos fatores que contribuíram para o ganho de tempo.
A segunda etapa é onde encontra-se a obra da ponte neste momento, com a retiradas dos cabos pendurais, e que começou na noite desta segunda-feira.
Na terceira fase, prevista para começar em novembro, as barras de olhal serão removidas simultaneamente, nas laterais da Ilha e no Continente, seguindo uma sequência pré-determinada. Por último, na quarta fase, o tabuleiro é rebaixado e depois elevado nas extremidades para aliviar a tensão, permitindo a retirada das barras de olhal restantes.
Outras fases da restauração
Em seguida, serão realizados trabalhos intermediários e, então, a montagem da nova estrutura. A ponte receberá cerca de duas mil toneladas de metal novo, o que representa aproximadamente 40% da atual estrutura. Muitas das novas peças, fabricadas no Brasil e no exterior, já foram compradas e estão em depósitos no canteiro de obras. A conclusão da restauração está prevista para o final de 2018.
Também participaram da entrevista o secretário de Estado de Infraestrutura, Luiz Fernando Vampiro, o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini, e engenheiros do Deinfra e do grupo português Teixeira Duarte. O encontro ocorreu no canteiro de obras, na cabeceira insular da ponte.
As informações são da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado.