Projeto em parceria entre prefeitura e a ACATE realizou mais de 900 eventos, recebeu 8 mil visitantes em centros de inovação credenciados e teve mais de 300 horas de consultoria para empreendedores

Criada em 2018 para promover o empreendedorismo tecnológico na capital catarinense, a Rede de Inovação Florianópolis completa cinco anos neste mês de junho com um balanço animador. As ações do projeto impactaram mais de 18 mil pessoas, com a realização de 913 eventos e mais de 300 horas de consultoria aos empreendedores. Nesse período, mais de oito mil visitantes foram recebidos nos quatro centros de inovações credenciados, com um total de quase mil visitas técnicas realizadas. Por meio dos Escritórios de Promoção à Inovação (EPIs), mais de 1,6 mil empreendedores foram atendidos.

A iniciativa de criar a Rede de Inovação Florianópolis é inédita no país e  fruto de uma parceria entre a prefeitura e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Juliano Richter Pires, a Rede de Inovação é fundamental não apenas para desenvolver negócios inovadores, mas também para atrair investimentos para a cidade.

“A existência de uma rede de centros de inovação torna a cidade mais atrativa para a chegada de novos investimentos, assim como a vinda de talentos e empreendedores. Isso impulsiona a economia local, com mais empregos de qualidade, diversificando nossa matriz econômica”, afirma o secretário.

Para o presidente da ACATE, Iomani Engelmann, o projeto ajudou a consolidar a cultura tecnológica na capital, impactando especialmente os jovens que não possuem contato direto com o ecossistema de inovação. Ele ressalta a importância desse tipo de parceria público-privada.

“Com esse tipo de união, todos saem ganhando. Nós sabemos a importância do setor tecnológico para o desenvolvimento de Florianópolis nos últimos anos. Iniciativas como essa ajudam a cidade a crescer a passos ainda mais largos ”, aponta Engelmann.

Entre os anos de 2010 e 2020, o faturamento do setor de tecnologia em Florianópolis saltou 568%, passando de menos de R$ 1 bilhão por ano para R$ 6,4 bilhões em plena pandemia. O número de empresas com base tecnológica teve alta ainda maior: 697%, indo de 589 para 3.900 no período. Essa expansão vertiginosa ajudou com que o PIB per capita da cidade subisse 63% em dez anos, ao passo que a população cresceu 17%.

Apoio em eventos e centros de inovação

Entre os eventos apoiados pela Rede de inovação Florianópolis estão desde grandes conferências, que reuniram milhares de pessoas, até feiras e encontros menores, com foco setorial.  Fizeram parte do projeto nestes cinco anos quatro centros de inovação: o CIA Primavera, no Saco Grande, o CIA Sapiens, na Cachoeira do Bom Jesus, o CIA Downtown, no Centro, e o Soho, em Coqueiros. Nos locais, os empreendedores podem encontrar os Escritórios de Promoção à Inovação (EPIs), que oferecem consultorias nas áreas de marketing, vendas, jurídico, financeiro e RH. Por lá, os interessados podem tirar dúvidas sobre abertura de empresas, soluções de crédito, obrigações tributárias e legislação, assim como oportunidades de acesso ao Fundo Municipal de Inovação e outras informações. Em 2022, um quinto EPI foi credenciado no bairro dos Ingleses, no Norte da Ilha, dentro do Centro de Inovação Albatroz.

Ao longo dos últimos cinco anos, foram realizados mais de 1,6 mil atendimentos a interessados em empreender na área da tecnologia. Além disso, foram realizados também quase mil atendimentos online, que cresceram muito durante a pandemia de Covid-19. Ao todo, desde 2018, mais de 60 startups receberam apoio por meio de mentorias e capacitações. 

Outra ação que faz parte da Rede de Inovação é o Living Lab, que auxilia na otimização da gestão urbana e na implementação de novos serviços inteligentes. Em sua primeira edição, em 2019, foram testadas nove soluções, sendo que sete delas receberam a validação e homologação dos potenciais clientes, como a própria prefeitura. Neste primeiro semestre será lançada a segunda edição, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, como foco em soluções para os desafios da cidade e que utilizem a rede 5G.