Os controladores das vagas de estacionamento das ruas centrais de Florianópolis prometem manter suspensa a cobrança dos serviços hoje. Eles voltaram a protestar no sábado contra o impasse criado pelo projeto da prefeitura que sugere a privatização da Zona Azul. Os trabalhadores temem demissões no setor.
Desde que o projeto de lei que privatiza a Zona Azul foi enviado à Câmara de Vereadores, no dia 16 de setembro, os controladores temem a perda do emprego.
Segundo Alexandre Fernandes, líder da comissão dos trabalhadores criada para negociar uma saída para o impasse, os cerca de 200 funcionários da autarquia não aceitam voltar ao trabalho sem a definição do caso.
O presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Átila Rocha dos Santos, concorda que não há garantia de emprego com a privatização.
– Garantia de emprego é evidente que não se pode ter. O que se pode fazer é, no edital de emprego, buscar que a concessionária que venha a assumir este serviço mantenha o quadro de funcionários da Zona Azul – disse o presidente Átila.
Hoje, representantes dos trabalhadores e Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) devem se reunir com os vereadores para debater o caso. Os funcionários da Zona Azul também planejam protestar em frente à Câmara de Vereadores.
Desde o mês passado, o projeto de lei está em análise na Comissão de Constituição e Justiça. De acordo com a redação do documento, a privatização será uma forma de aumentar a eficiência do serviço. Para o líder da comissão dos trabalhadores, além da possível demissão dos atuais contratados, a terceirização pode provocar reajuste na taxa de estacionamento.
Paralisação começou na sexta-feira passada
A paralisação teve início na manhã de sexta-feira. Durante os protestos, a cobrança pelo uso dos espaços para veículos no Centro de Florianópolis foi suspensa. Após oito horas de manifestação, os representantes dos funcionários se reuniram com o superintendente do Ipuf, Átila Rocha, e com o secretário de Administração, Constâncio Salles Maciel.
No encontro, eles entregaram uma lista de reivindicações para Rocha. O superintendente do Ipuf não quis comentar a decisão dos trabalhadores, que retomaram a paralisação, contrariando o acordo da última sexta-feira.
(DC, 19/10/2009)