Os pacientes com Diabetes Mellitus controlado têm menor risco de complicação pela Covid-19, por isso é fundamental, neste período, manter os medicamentos e os cuidados indicados pelos profissionais de saúde. O alerta é da equipe do Ambulatório de Diabetes do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), que divulgaram uma série de orientações por ocasião do Dia Nacional do Diabetes (26/06).
De acordo com a enfermeira Dionice Furlani, do grupo de Enfermagem em Diabetes do HU-UFSC, além do uso regular dos remédios, estes cuidados estão relacionados a alimentação, prática de exercícios físicos e monitoração da glicemia. “São dicas de autocuidado e controle de diabetes em tempos de Covid-19”, reforçou a profissional.
O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
O prolongamento da hiperglicemia (altas taxas de açúcar no sangue) pode causar sérios danos à saúde, como lesões na retina do olho, alterações renais, pé diabético (ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera), infarto e infecções, entre outros.
Como forma de prevenção e controle, pacientes com história familiar de Diabetes Mellitus devem ser orientados a manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; praticar atividade física regular. Os pacientes também são orientados a realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma alimentação saudável; utilizar os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas; manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.
Tipos de Diabetes
– Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos. Principais sintomas: vontade de urinar diversas vezes; fome frequente; sede constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor; náusea; vômito.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos. Principais sintomas: infecções frequentes; alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas; formigamento nos pés; furúnculos.
– Diabetes Gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticóides, betabloqueadores, contraceptivos, etc).
Legenda foto: O Ambulatório de Diabetes do HU-UFSC/Ebserh atende pacientes de todas as regiões de Santa Catarina. Foto: Sinval Paulino.
Link vídeo – https://www.youtube.com/watch?v=NwTkyIiCfy8