As aulas de Educação Física da Escola Desdobrada Municipal Lupércio Belarmino da Silva, na Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis, contam com momentos de meditação. A coordenadora do projeto é a professora Rosângela, que promove a prática com alunos de primeiro ao quarto ano, com idades entre seis e nove anos. O objetivo da ação é reduzir o estresse dos estudantes.
No início das aulas, os alunos se sentam em roda e repetem “Eu estou em Paz”, intercalando as falas com respirações profundas. O processo dura de três a cinco minutos e os estudantes afirmam que se sentem melhores.
“Fico mais tranquila, mais em paz. Parece que tirei um peso das minhas costas depois de tudo o que aconteceu durante o dia”, relata Madelaine, do terceiro ano. Rodrigo, da mesma turma, percebe melhora em si e nos colegas. “Eu me sinto bem melhor e toda a escola também fica em paz”, conta.
Ioga
Além da meditação, Rosângela trabalha em suas aulas a Ioga, através do método “Ioga na Educação”, criado pela professora francesa Michelina Flak e pelo professor e filósofo suíço Jacques De Coulon. A prática é aplicada no contexto escolar de maneira acessível e profunda. Com pequenas sequências de exercícios físicos, respiratórios e mentais, visa também a reduzir o estresse e contribuir para a harmonização das crianças e do grupo.
O exercício cria uma atmosfera acolhedora que faz com que as crianças se divirtam enquanto desenvolvem não apenas força, coordenação, flexibilidade e equilíbrio, mas também consciência, melhora na capacidade de concentração, foco e autoconfiança.
Através do livro “Virando bicho com Yoga”, de Ana Paula Zampetti, Rosângela utiliza as posturas de diferentes animais para trabalhar a prática com os alunos, respeitando cada faixa etária. O objetivo é aprimorar a concentração dos participantes e proporcionar momentos de relaxamento.
Para Rosângela, “através da meditação, as crianças não ficam tão propensas ao estresse, preocupações e doenças. A professora também desenvolve laços mais fortes com todos os seres e diminui a necessidade de competir com os semelhantes”.
A educadora salienta que as práticas desenvolvidas não tem fins religiosos. “O objetivo é reduzir a violência escolar e proporcionar um ambiente mais saudável e harmonioso. Além de melhorar a atenção, a memória e o bem estar dos alunos e do educador”, destaca.