O Procon municipal emitiu uma multa no valor de R$ 1 milhão para empresa Transol pela paralisação realizada na manhã desta segunda-feira, 2. A informação foi dada pelo prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Jr., em entrevista coletiva na manhã de hoje. Cesar definiu como "absurda" a paralisação e afirmou que o edital da licitação do transporte coletivo será publicada na próxima segunda-feira, 9. As informações são da rádio CBN/Diário.
A paralisação dos funcionários da Transol, que não tiraram os veículos da garagem no horário previsto, passando a circular apenas às 8h, foi a 9ª interrupção do serviço em 2013 feita por empresas de transporte público. O prefeito da Capital afirmou que a nova licitação, que será publicada no dia 9 de setembro, vai inibir este tipo de situação.
Manifestação dos usuários do transporte público
Uma manifestação dos usuários do Transporte Coletivo fecha a entrada e saída de ônibus do Ticen na manhã de hoje desde às 8h40. Os manifestantes mostram indignação pelo fato de terem sido pegos de surpresa por outra paralisação dos mototristas e cobradores. Mesmo a paralisação da Transol já tendo chegado ao fim, os manifestantes permanecem no local, obrigando os ônibus a buscarem e soltarem os passageiros em locais alternativos, nas imediações do Ticen.
O prefeito da Capital disse entender a manifestação destas pessoas, mas pediu que eles saiam do local para facilitar a vida dos trabalhadores, que, de acordo com ele, já foram prejudicados o suficiente nesta segunda-feira.
Palavra do Sintraturb
O Sindicato dos motoristas e cobradores divulgou uma nota informando que o objetivo da paralisação foi de sensibilizar o setor patronal para que retome as negociações em busca de um acordo definitivo para a categoria. O Sintraturb exige redução no tempo de intervalo, que hoje é de uma hora, para 30 minutos. O Sindicato conta com aval do Ministério do Trabalho para a redução do intervalo.
Os patrões exigem que, para conceder a redução no intervalo, querem liberação para contratar trabalhadores em jornadas de 3 horas. Esta medida absurda poderia causar a demissão de 60% da categoria, gerando um contingente de quase 3 mil demissões.
Os trabalhadores exigem ainda o pagamento dos dias parados de greve e também o pagamento do vale alimentação atrasado.