Uma ação conjunta de repressão ao comércio irregular na cidade, especialmente de produtos ilegais e pirateados, começou a ser planejada na tarde desta sexta-feira, 6, depois de reunião entre o prefeito Cesar Souza Jr. e o secretário estadual de Segurança Pública, César Grubba. A reunião ocorreu a pedido do prefeito que solicitou o encontro para pedir ajuda das polícias Civil e Militar para confrontar o que chamou de “quadrilha” de ambulantes, que vendem produtos irregulares – falsificados ou produtos de furto e roubo – e que, há uma semana, agrediram dois fiscais municipais. As informações são da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Florianópolis.
O próximo passo, marcado para a manhã de segunda-feira, 9, será uma reunião estratégica na Prefeitura, com a presença do vice-prefeito João Amin e de representantes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Delegacia Geral de Polícia Civil e do comando da Polícia Militar, para definir os caminhos a serem seguidos nessa ação conjunta. No dia seguinte, o prefeito deve convocar uma entrevista coletiva ao meio-dia, lá mesmo na ‘Faixa de Gaza’, para anunciar as medidas que serão tomadas.
Até a escolha do local da entrevista foi estratégico: “Como a população ficou sensibilizada com a agressão aos fiscais naquele local, precisamos mostrar, ali mesmo, o que a Prefeitura está fazendo. E aproveitamos para sensibilizar a população para fazer a sua parte: não comprar produtos ilegais, para não alimentar essa bandidagem que se criou em função desse comércio”, disse Cesar Souza Júnior.
Agressão
Dois fiscais da Secretaria Executiva de Serviços Públicos (Sesp) foram espancados por um grupo de pelo menos dez vendedores ambulantes durante uma fiscalização no Centro. Os agressores trabalhavam na venda de óculos e DVDs falsificados. Segundo o secretário Acácio Garibaldi, da SESP, os fiscais foram “atraídos” por um dos vendedores. “Foi uma emboscada”, garantiu Acácio. O caso foi registrado na 1ª DP da Capital e os fiscais realizaram exame de corpo de delito. A ação foi filmada e ganhou a internet.
A agressão, segundo o prefeito, foi uma resposta à efetiva fiscalização que passou a atuar contra o comércio ambulante na atual gestão. “Antes, beirava o caos. Vendiam-sesp CDs e DVDs piratas com alvará. Cassamos todos os alvarás, recadastramos os ambulantes, limitamos os tipos de produtos que podiam ser comercializados, restringindo-os aos tradicionais, e implantamos uma fiscalização permanente. Dos 240 ambulantes que havia antes, hoje há apenas 78 cadastrados”, informou.