A prefeitura de Florianópolis relizou na madrugada desta terça-feira, 12, a recomposição da faixa de areia da praia de Canasvieiras, criando uma barreira natural que impede que o rio do Brás contamine a água do mar. De acordo com a prefeitura, o excesso de chuvas dos últimos dias foi responsável por destruir a barreira de areia, fato que permitiu o deságue do rio no mar.
Paralelamente, a Secretaria Municipal de Obras está reforçando o trabalho de limpeza das valas de drenagem que fazem o desvio das águas das chuvas para o rio Papaquara, evitando que esse volume engorde o já caudaloso rio do Brás. Essa limpeza já é feita normalmente, mas foi intensificada a partir da situação crítica que culminou com o despejo de águas contaminadas na praia de Canasvieiras.
A recomposição da faixa de areia da praia foi a solução encontrada para que não fosse alterado o estado natural da região. O rio do Brás normalmente não desemboca no mar, porque seu volume não é suficiente para romper a barreira natural imposta pela faixa de areia. Com o excesso de chuvas, esse estado natural foi rompido, e nada melhor do que restaurá-lo aproveitando a interrupção do ciclo de chuvas.
Pensou-se na construção de uma barreira artificial para impedir o avanço do rio, mas a alternativa foi descartada porque, além de antinatural, poderia provocar consequências mais amplas no caso de nova cheia do rio do Brás, que procuraria outras opções para extravasar suas águas.