O verão sem água de Gisele Cristine Corrêa, 33 anos, moradora da Cachoeira do Bom Jesus, tem sido acompanhado pelo DC desde o dia 30 de dezembro. Há pelo menos oito dias ela está com a caixa dágua vazia. Para tomar banho, vai à casa de parentes. Para lavar louça, busca água em um rio. O marido de Gisele ligou para a Casan, na sexta-feira, pedindo um caminhão-pipa, que ainda não havia chegado ontem.
Na casa do aposentado Gilberto Grandi, na Lagoinha, Norte da Ilha, os espetos do churrasco de sexta-feira ainda estavam sujos.
Há pelo menos quatro dias sua caixa dágua está seca.
– Nas casas vizinhas, a situação é a mesma – diz o morador, que há 12 anos convive com o mesmo problema nesta época.
A diretora técnica da Casan, Adeliana Dalpont, acredita que hoje a situação melhore. Ela justifica que está havendo excesso de consumo e que toda água tratada fornecida pela companhia está sendo usada.
A Casan tem cinco caminhões-pipa, um de 20 mil litros e os demais de 10 mil litros. Adeliana observa, no entanto, que eles são mandados apenas para as casas que estão totalmente sem água e diz que está havendo atraso nas entregas, por causa do trânsito.
De acordo com a diretora, os problemas mais graves estão em Ponta das Canas, Lagoinha e regiões mais altas do Santinho.
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, 04/01/2010)