A Gerência de Jogos e Diversões da Polícia Civil fechou nesta quinta-feira, 18, a Casa Rosa, um estabelecimento no Centro de Florianópolis registrado como "sauna", mas que funcionava como local de exploração sexual. Aproximadamente 10 mulheres, seis clientes e a proprietária foram conduzidas à 1ª Delegacia de Polícia da Capital para prestar depoimento. As informações são da assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Durante vistoria, os policiais encontraram os armários onde as garotas deixavam suas coisas, cerca de nove quartos, que ficavam na parte de cima da casa, blocos de anotações dos programas, várias camisinhas, folders ilustrativos e um alto sistema de segurança, que evidenciava a saída e entrada de clientes. Os objetos e fotos que o Instituto Geral de Perícias (IGP) levou do local servirão como base do processo.
Panfletos também foram encontrados no interior da casa (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
A proprietária afirmou que as meninas só alugavam os quartos e cobravam por dia. Discurso que foi seguido por outra garota, que disse que, dependendo da hora, o valor repassado era maior ou menor.
Quanto devo?
"Quanto que te devo?", perguntou um dos clientes, após ser flagrado pelos policiais na Casa Rosa, dirigindo-se a uma das garotas. Para os policiais da Jogos e Diversões, esse tipo de negociação às claras precisa terminar.
"O que ocorre na cidade é que muitos desses estabelecimentos lançam sua documentação dissimulando sua verdadeira finalidade. É comum encontrar esse tipo de casa noturna com alvará para funcionar como 'sauna' ou 'café', quando obviamente estão desviando esse funcionamento para praticar atividades criminais, como é o caso da prostituição", enfatiza a Delegada. Ela também confirma que esse é só o começo das interdições. As casas que tiverem um hostel ao lado e que tentem burlar o sistema também serão averiguadas.
Ação em dois frontes
Para a Delegada de Polícia Michele Alves Correa, que coordena a especializada, a Polícia Civil está agindo em dois frontes: o primeiro deles, no trabalho administrativo, a verificação dos alvarás e a interdição das casas que não estão devidamente regularizadas; no segundo, a verificação da atividade criminal, o favorecimento a prostituição e a exploração sexual, num inquérito policial que tramita na 1ª Delegacia da Capital.
Hoje, em Santa Catarina, muitas casas noturnas ainda estão em funcionamento por uma liminar do Poder Judiciário.