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Florianópolis, 25 novembro 2024
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Poeta Claudio Schuster lança Beba Poesia – Volume II no Tralharia

VariedadesPoeta Claudio Schuster lança Beba Poesia - Volume II no Tralharia
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Definido como uma conversa poética, beba poesia volume II é o quinto livro de Cláudio Schuster, para quem "romper os limites da realidade também é um caminho para transformá-la”. O lançamento é da editora Mondrongo 

"Um livro pontuado com paixão e exclamado com desejo”. Assim o premiado jornalista e escritor Mário Magalhães descreve o livro beba poesia volume II, do também jornalista e escritor Cláudio Schuster, com lançamento marcado para o próximo dia 8 de agosto, a partir das 19h30, no Tralharia Antique Café Bar, em Florianópolis. A publicação é da editora baiana Mondrongo. No dia 10, o livro será lançado na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), em Salvador, onde o autor participa de uma conversa sobre Poesia & Transformação, ao lado da escritora Rira Santana.

Nascido em Pelotas (RS), em 1962, Cláudio Schuster vive na capital catarinense desde 1986, onde publicou crime perfeito (publicação do autor – 1994), risco (publicação do autor – 1997), bluz (editora Blocos – 1999) e beba poesia (editora Insular – 2016), coletânea com poesias dos livros anteriores e outras novas. Em pouco mais de 90 páginas, beba poesia volume II traz poemas inéditos e alguns publicados apenas nas redes sociais. 

No prefácio, o autor de Marighella – o guerrilheiro que incendiou o mundo (prêmio Jabuti de 2013 como melhor biografia) cita os versos de Cláudio Schuster (“pra não perder o encanto/ utopia/ pra tudo e mais um tanto/ poesia”) para lembrar que "a utopia é poética; a poesia, utópica”. Mário Magalhães, que acaba de lançar Sobre lutas e lágrimas – uma biografia de 2018, lembra ainda que Cláudio Schuster "veio ao mundo arteiro e artista. Hoje parteja versos. De primeira. Porque, como ensina um deles, 'a sanidade cansa'. Ao contrário deste beba poesia, que dá vontade de mais e mais talagadas, ou volumes. Bebamos, pois. Tim-tim".

O editor da Mondrongo, Gustavo Felicíssimo, conta que se interessou em publicar a poesia de Cláudio Schuster "pelo seu cariz aforismático e sentencioso, reflexivo e filosófico, servindo tanto ao particular quanto ao universal. Uma poesia nascida da síntese mais profunda, em que o autor busca dizer apenas o indispensável, nem mais nem menos, mas a medida justa para alcançar o máximo de significados”. Também escritor, Felicíssimo vê em beba poesia volume II uma "extra dose de lirismo que dialoga com Leminski e Millôr”. E aconselha: "leia devagar, livre e aberto para o amplo espectro de significados e significações que a poesia de Cláudio Schuster irradia". 

Para o autor de beba poesia volume II, o livro é como uma conversa numa mesa de bar, na areia, em frente ao mar, ou em qualquer outro lugar que a imaginação permita. Uma conversa poética em que lembra histórias, inventa outras, delira, provoca, fala de tantos ao falar de si, com palavras e versos que devem ser degustados com calma. “Minha utopia é que, quanto mais embriagados de poesia, quanto mais nos deixarmos levar pelos sentidos para além da realidade, mais veremos que a vida pode ser muito diferente daquilo que nos impõem. Romper os limites da realidade também é um caminho para transformá-la”.  

 

Alguns poemas

de real me disfarço 

mas sou sonho
de carne e osso 

 

 

se tudo é ilusão 

não me acorde 

no fim da sessão

 

 

bebo um tango 

num trago só
canto a milonga

longa caminhada 

me perco de vista 

me visto de estrada 

sou um lugar 

que nunca vou 

alcançar 

 

 

tenho esta mata
de silêncios
e animais que nem conheço 

tenho um rio
que não da pé
e um céu que nunca alcanço 

tenho cá comigo
que quero ter contigo
um indecifrável universo 

que não caiba num deus 

mas caiba numa rede
onde adormeça
ao mais leve balanço 

 

 

 

um café
e tudo parece 

melhor 

cafuné
com pão
no pé
da ilusão

diante de tanta merda 

de hoje de sempre 

converso aqui sozinho 

com meus versos

e eles me dizem
que não se importam 

em ser realistas 

revolucionários 

apaixonados 

simbólicos 

surrealistas 

concretos
nem belos
precisam ser 

meus versos
me dizem
nesse dia de chuva fina 

sobre a terra
a as folhas
que apenas
gostariam de ter
esse cheirinho bom 

 

solidão

tão pampa ser

quanto sertão

 

beba poesia volume II na internet

Editora Mondrongo (para compra): mondrongo.com.br

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Instagram: claudioschuster