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Florianópolis, 24 novembro 2024

Plantas Bioativas é assunto de obra idealizada por pesquisadora

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A estudiosa Cecilia Cipriano Osaida lança o CD rom “Plantas Medicinais – Resgate Etnobotânico e Científico” nesta quinta-feira (23), na farmácia Dermus

Em 2004 a estudiosa e empreendedora de Plantas Bioativas, Cecília Cipriano Osaida, idealizou a elaboração de um documento sobre plantas medicinais que pudesse ser acessível a todas as faixas culturais e etárias, sem perder a visibilidade técnica e científica das informações. A obra acabou se tornando realidade através do CD Rom “Plantas Medicinais – Resgate Etnobotânico e Científico” que descreve com centenas de fotos, 78 espécies medicinais utilizadas no Brasil. O trabalho de Cecília contou com a ajuda do engenheiro agrônomo da Epagri, Antonio Amaury Silva Junior. Antonio auxiliou a estudiosa na montagem do CD, fornecendo principalmente informações técnicas sobre o assunto. A obra será lançada em evento que acontece na quinta-feira (23), na farmácia Dermus, a partir das 19h.

O CD se dividide em duas partes principais: “Descobrindo as Plantas Medicinais” e “Plantas Medicinais Utilizadas no Brasil”. A primeira parte procura iniciar o leitor nas práticas adequadas de identificação e caracterização geral das espécies, resgate de informações etnobotânicas e ainda informa sobre questões de biodiversidade, extrativismo e extinção de germoplasma. A segunda parte é um descritivo das espécies mais utilizadas pelos brasileiros, ou que apresentam ações farmacológicas ou nutracêuticas interessantes, ou que tenham alguma ação toxicológica preocupante. São abordados aspectos de caracterização botânica, fitoquímica, farmacológica e toxicológica.

O lançamento é aberto ao público, porém com vagas limitadas. A presença deve ser confirmada antecipadamente através dos telefones da farmácia (48) 3225.1005 e (48)3027.7700. A Dermus fica na Rua Conselheiro Mafra, 546, no Centro de Florianópolis.

Sobre as Plantas Medicinais

A flora sempre foi a principal fonte de produtos terapêuticos para a as pessoas, até o aparecimento dos fármacos sintéticos, muitos deles sintetizados a partir de modelos moleculares encontrados nas plantas. Porém, o custo das pesquisas, o nível tecnológico e o custo da industrialização, aliados aos efeitos colaterais de muitos medicamentos sintéticos, viriam a depor contra a alopatia química, especialmente nos países de baixa renda.

Cerca de 80% da população mundial está marginalizada quanto ao uso dos medicamentos convencionais, tendo como alternativa mais viável a fitoterapia, principalmente baseada em suas floras nativas. No Brasil são mais de 60 milhões de brasileiros que não tem acesso aos medicamentos. Mesmo assim, outros desembolsam anualmente cerca de oito bilhões de dólares com a aquisição de, mais ou menos, seis mil medicamentos. Apesar da grande quantidade de drogas de origem sintética, 20% de todos os fármacos comercializados em todo o mundo são de origem vegetal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), na 31º Assembléia, recomendou aos países membros, o desenvolvimento de pesquisas visando à utilização da flora nacional com o propósito terapêutico. A primeira recomendação da OMS é o resgate do conhecimento popular visando às futuras pesquisas científicas. Das 119 substâncias químicas extraídas de plantas e utilizadas na medicina, 74% delas foram obtidas com base no conhecimento popular da fitoterapia. A OMS mantém um registro de cerca de 20.000 espécies de plantas medicinais, distribuídas em 73 países. Apenas no Brasil, são 350.