A violência contra a mulher é um tema recorrente em todo o mundo há décadas. Atualmente, o Brasil está em quinta posição no ranking de feminicídio. Apenas em Santa Catarina, no primeiro semestre deste ano foram registrados 33 casos de feminicídio e mais de cem tentativas. Já em Florianópolis houveram quatro casos e sete atentados, fazendo o município liderar a lista de estatísticas do estado.
Com o objetivo de criar uma rede de conscientização com a população florianopolitana referente ao tema, foi aprovado nesta terça-feira (3) o Projeto de Lei 18195/2021, de autoria do Poder Executivo, que institui no calendário da cidade o Dia de Conscientização e Combate ao Feminicídio. A data – 31 de agosto – será marcada pela realização de palestras, debates e seminários visando diminuir atos de negligência, discriminação e falta de informação para que a população possa auxiliar a vítima que corre risco de vida ou sofre qualquer tipo de violência.
“O feminicídio é uma realidade mais presente e constante do que a gente possa imaginar, e permanece justamente por aqueles que mantém o silêncio sobre a violência contra as mulheres. Aqueles e aquelas que acreditam que a violência contra as mulheres é “mimimi” reforçam todos os dias esses dados, dados que aumentaram na pandemia porque a maioria dos casos são cometidos justamente por pessoas próximas da vítima; são pais, tios, padastros, irmãos, ex-companheiros, que matam as mulheres”, salientou a vereadora Carla Ayres (PT).
Para o líder de governo Renato Geske (PSDB), apenas uma data não pode transparecer a importância que tem essa discussão. “O Agosto Lilás terá um desfecho honroso, porque é um mês que precisa ser discutido. Não é só pela morte, mas pelo o que a mulher sofre de agressão psicológica; ela praticamente, em muitos lares, torna-se presa, alguém que não tem direito a absolutamente nada. Aquela história “em briga de marido e mulher não se mete a colher” acabou. Mete a colher, interfere, denuncie sim”, finalizou o vereador.
Fotos: Édio Hélio Gomes.
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