Apesar da adversidade ocorrida no Estado, empresários perceberam uma melhora nas festas de fim de ano.
Santa Catarina mais uma vez mostrou sua força como referência do turismo nacional, mesmo após as fortes chuvas e enchentes do final de novembro e a crise econômica mundial. Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) junto a 200 empresários do setor na primeira semana de janeiro mostra que 70% perceberam melhora no movimento durante as festas do fim de ano na comparação com o verão anterior, incluindo o norte da Ilha.
O vice-presidente do Sindicato dos Hotéis Bares e Restaurantes da Grande Florianópolis (Shbrs), Stanislau Emílio Brisolin, a primeira avaliação é de um aumento de 3% na presença de turistas no Natal e fim de ano, depois o período de chuvas da primeira semana de 2009 trouxe uma queda, mas está havendo uma rcuperação. “Se o bom tempo se manter até o final de janeiro, será um resultado igual ou ligeiramente superior ao do ano passado”, explica.
Já o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina (ABIH/SC) e proprietário do Hotel Costa Norte, Luciano Pereira Oliveira, afirma que a temporada está um pouco mais fraca do que o ano passado. Segundo ele, as festas do fim de ano foram razoavelmente boas, mas prejudicadas pela imagem negativa que a mídia nacional retratou de Santa Catarina com o problema das chuvas. “Muitas pessoas que só definem a reserva em dezmbro preferiram ir para outros destinos, como o Nordeste”, afirma o empresário. Ele acredita, no entanto, que a temporada tem condições de melhorar, desde que o clima da região colabore. Para fevereiro, a expectativa do setor é que a realização do Carnaval no final de fevereiro ajude a prolongar a estada dos turistas.
Apesar do retrato da situação das chuvas do Estado na mídia ser considerado um fator negativo, o fato de Santa Catarina ter tido mais divulgação como destino turístico no restante do País e apontada pela pesquisa da Abrasel como um elemento que contribuiu para o aumento do movimento. Na capital, a avaliação do setor é que cerca de 37% dos visitantes que vieram à Ilha no fim de ano eram paulistas. No norte da Ilha, estima-se que os argentinos começaram a vir mais cedo do que de costume. Segundo os empresários da região, cerca de 13% dos turistas vieram daquele país.
Por Alexandre Winck