Alunos de ensino médio da rede pública de São José participaram de pesquisa de mestrado do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), sobre a sonolência diurna excessiva, um dos distúrbios do sono mais comuns. As informações são da assessoria de imprensa do governo estadual.
Feito no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, o estudo da acadêmica Carolina Meyer usou uma escala para avaliar a sonolência e os fatores associados a ela em jovens e apontou que os instrumentos disponíveis no Brasil foram criados para a aplicação em adultos, sendo preciso avanço cientifico para avaliar crianças e adolescentes na área.
Na pesquisa, Carolina observou a presença de sono durante o dia em 1.132 adolescentes da rede pública, de ambos os sexos, de 14 a 19 anos. Também houve coleta de informações como nível de atividade física, controle do estresse, sentimento de tristeza e uso de álcool, cigarro e remédios.
A pesquisa resultou na dissertação da acadêmica, que será defendida na segunda-feira, 7, a partir das 14h, na Sala de Reuniões da Udesc Cefid, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis.
O que pode causar o problema
A partir da produção de três artigos, a pesquisadora concluiu que os problemas de sono são comuns em crianças e adolescentes e o aumento da sonolência diurna excessiva está ligado a questões como baixa duração do sono, maior frequência de distúrbios do sono, baixo desempenho escolar e maior presença de doenças.
Carolina apontou que adolescentes com percepção negativa de saúde, baixo controle do estresse e baixa duração do sono apresentaram maior probabilidade de terem sonolência diurna excessiva e, dentre todos os fatores analisados, a má qualidade do sono foi o fator que mais se relacionou ao aparecimento do distúrbio.