67% da população de Florianópolis não consome água da torneira, 93% recebem água da rede pública, 78,3% não conhecem nada sobre tratamento de esgoto e 95% quer racionar água, mas não sabe como.
Estes dados constam na pesquisa “O uso e conservação da água na visão da população de Florianópolis”, cujo lançamento para imprensa acontece na quinta-feira (17/12), 14 h, na sede da associação FloripAmanhã, em Florianópolis. O estudo é uma realização da FloripAmanhã e ABES-SC(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária) e foi realizado pela Lupi & Associados com 400 moradores da capital catarinense – de diversos bairros e faixas etárias – entre os dias 23 de novembro e 1o de dezembro.
O objetivo foi apontar hábitos de comsumo em relação a água e esgoto e a preocupação com outros assuntos relacionados ao futuro, como a ecologia.
Sobre a qualidade da água, 51% do público avalia positivamente a que recebe em casa, embora 30% são a favor da mudança de empresa de fornecimento de água, enquanto 56,4% consideram “bom” o serviço prestado pela CASAN. Dos 67% que não consomem água da torneira, 47% optam pela água mineral e 20% pela filtrada. “Estes números que apontam a água filtrada e mineral como preferência por quase a metade dos entrevistados, já demonstra a necessidade de melhorar o sistema”, salienta Otavio Ferrari Filho, vice-presidente da FloripAmanhã e diretor da câmara de meio ambiente da associação.
A falta de água é sexto colocado como maior problema da capital para 7,5% dos entrevistados, sendo que o trânsito, com 28,8%, é o maior problema, seguido do transporte coletivo(14,5%), saúde(11,3%), esgoto a céu aberto(9,3%) e segurança(8,8%).
Dados apontam que há espaço e necessidade para trabalho visando a conscientização. 95% quer racionar, mas admite que não conhece meios eficazes para isso e, mesmo assim, aponta alguns ítens como solução: racionar, aumentar o valor da fatura, descontos para economia e regras de consumo. Deste total, 62,8% participaria de campanhas e 53,3% fariam algum trabalho voluntário para ajudar, sendo que 90% acredita que a cidade vai sofrer com a falta de água no futuro e 58% aponta que será em curto prazo.
88% das pessoas tem preocupação com a ecologia.