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Florianópolis, 26 novembro 2024
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Ostra entra para o cardápio da alimentação escolar na capital catarinense

EducaçãoOstra entra para o cardápio da alimentação escolar na capital catarinense
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Apreciada como iguaria nobre nos melhores restaurantes da alta gastronomia mundial, a ostra é considerada por especialistas como uma das mais saudáveis fontes de alimento do reino animal. Por conta disso, o molusco será introduzido oficialmente, a partir desta semana, no cardápio das refeições escolares em Florianópolis para que crianças e adolescentes tenham uma alimentação mais nutritiva e de baixa caloria. Ao todo serão beneficiados cerca de 14.600.alunos de escolas básicas, ligadas à Secretaria Municipal de Educação. A Escola Adotiva Liberato Valentim, no bairro Costeira do Pirajubaé, é um dos estabelecimentos que terá o produto nesta quinta-feira, no período da manhã. Para os 368 estudantes serão servidos ostra assada e purê de batata, tendo como acompanhamento arroz e salada.

Em duas etapas, mais de 800 quilos do fruto do mar serão repassados para os estabelecimentos de ensino. A primeira entrega ocorrerá nesta terça e quarta-feira, sendo que a segunda etapa será realizada no dia 30 de novembro. As ostras serão entregues já sem conchas e congeladas.

As nutricionistas e demais profissionais do Departamento de Alimentação Escolar já estão em fase de testes e estudos para incluir também o marisco e o filé de cação nas refeições para o ano que vem.

De acordo com a Chefe do Departamento de Alimentação Escolar da SME, Cleusa Regina Silvano, as ostras cultivadas na região da Grande Florianópolis apresentam um grande valor nutricional por serem importantes fontes de proteína, minerais e terem reduzido valor calórico. “São ótimas fontes de vitamina B12, necessária à formação dos glóbulos vermelhos e à manutenção de um sistema nervoso saudável, além de boas fontes de outras vitaminas do complexo B, como a niacina, tiamina e riboflavina”, destaca Cleusa.

As ostras entraram para o cardápio escolar após a realização, no ano passado, de alguns testes. O resultado apontou que o produto foi aprovado em média por 86,96% dos alunos. Os dados ultrapassam os índices exigidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que é de 85% de aceitabilidade.

Um alimento saudável

Atualmente, Santa Catarina detém 95% da produção de moluscos no Brasil, sendo mais da metade das ostras cultivadas em Florianópolis, o que deu à cidade o título de capital nacional da ostra. Ao contrário de outras espécies de animais terrestres e marinhos criados em cativeiro, a ostra é considerada um alimento altamente orgânico. Isso porque durante o desenvolvimento do animal não é necessária a utilização de agrotóxicos, rações, vacinas ou outros medicamentos. O molusco retira da água do mar todos os nutrientes que precisa para sobreviver, chegando a filtrar uma média de 10 litros por hora.

Além de ser nutritiva, a ostra é um importante ingrediente para a dieta de quem quer combater a obesidade e seu maior aliado, o colesterol. É que o molusco apresenta pouco teor de gordura saturada, ao contrário das carnes de vaca, cordeiro e porco, entre outros animai terrestres, que além de serem bastante calóricas, possuem altos níveis desta substância. A gordura saturada reduz o colesterol bom do corpo humano, o HDL, e eleva a produção do HDL, conhecido como o colesterol ruim.

A ostra é também rica em carboidratos, vitaminas, ferro, fósforo, cálcio, iodo e ômega- 3-um ácido graxo que auxilia no funcionamento do cérebro e da retina, além de ter papel fundamental na manutenção da pressão sanguínea e na coagulação. Também é eficiente contra a anemia, e como composto nutricional para pacientes com tuberculose ou osteoporose. Quando ingerida regularmente, contribui ainda para a saúde cardiovascular, prevenindo doenças do coração e o Mal de Alzheimer. O molusco é igualmente uma importante fonte de selênio e, em especial, de zinco.