Psiquiatra Julia Trindade elenca cinco dicas que ajudam a manter a constância dos exercícios e qualidade da saúde mental
A atleta Rayssa Leal, de apenas 13 anos, que conquistou a medalha de prata no skate street feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, serve de inspiração para muita gente. A medalhista mais jovem do Brasil em Olimpíadas, mostra que com perseverança, garra e determinação é possível conquistar bons resultados.
Para a psiquiatra Julia Trindade, que atende em Florianópolis, a realização dos Jogos ajuda a despertar o interesse pelas atividades físicas. “Acompanhamos mais de 30 modalidades esportivas durante a competição no Japão. Dentre elas estão o surfe, skate, canoagem e vôlei, que podem ser praticados o ano todo. Digo isso, pois, sempre haverá um esporte que vai ser ideal para você, no entanto, é preciso experimentar e manter uma constância”, destaca a médica.
Adepta das corridas e caminhadas, Julia compartilha que é comum aquela vontade ou sensação de ficar mais um tempo na cama, ainda mais quando se treina pela manhã.
“Sempre que o despertador toca, sou tomada por aquela sensação maravilhosa de desligá-lo e voltar para o sono mais gostoso da vida. Mas, lembro que o resto do dia vai ser bem mais pesado que esse minuto de esforço de sair da cama e ir treinar”, conta.
Julia comenta ainda que a atividade física é parte essencial da qualidade de vida, tanto física, quanto mental. “Costumo brincar com meus pacientes que exercício é prescrição médica inclusive”, destaca.
Cinco dicas para manter uma constância nos exercícios físicos:
1 – Combine com alguém que você gosta. Assim a prática será mais tranquila para ambos;
2 – Fale para alguém, se comprometa, a chance de desistir é menor;
3 – Treine sempre no mesmo horário, isso cria uma rotina e evita que você deixe de praticar;
4 – Procure algo que posso te desafiar, é nesse cantinho que a dopamina mora;
5 – Encontre uma atividade que você goste, é que por mais que você goste muito, haverá dias em que a vontade vai ser desligar o despertador e voltar a dormir. “Nós merecemos esses momentos também, mas, quando gostamos do esporte escolhido, a chance de desistir vai ser um pouco menor”, completa a médica.
Foto: Psiquiatra Julia Trindade – crédito Patric Jacques