Todos os contratos para a reforma da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, desde que ela foi interditada, em 1982, serão investigados pelo Ministério Público de Contas de Santa Catarina (MPTC). Se irregularidades forem identificadas, os responsáveis serão judicialmente intimados a ressarcir a verba desperdiçada.
O objetivo deste pente fino nas obras de reforma do principal cartão-postal da cidade, de acordo com o procurador Diogo Ringenberg, é apurar se houve desperdício do dinheiro público e entender o porquê de tanta demora na conclusão dos trabalhos.
O exame da documentação referente aos trabalhos de revitalização da ponte começou pela analise do trabalho desenvolvido pelo Consórcio Prosul/Concremat contratado em 2006 para fazer a supervisão e fiscalização das obras, assim como o acompanhamento do cronograma fisico-financeiro, e para este serviço, até outubro de 2014 já havia recebido cerca de R$ 20 milhões.
De acordo com informações repassadas ao DeOlhoNaIlha por Ringenberg, os contratos junto ao consórcio serão analisados pois tudo indica que a fiscalização dos trabalhos não foi corretamente executada neste período.
Ao mesmo tempo, o MPTC analisará todos os contratos firmados ao longo dos 32 anos em que a ponte esteve interditada e passou por diversas obras de revitalização.