Representantes de Florianópolis e Palhoça estão na competição
Ao invés de gols, pontos, velocidade, distância ou altura, a disputa que começou nesta quinta-feira (22) na Rússia envolve a melhor execução de um trabalho profissional. Durante a competição, jovens com até 25 anos e que são estudantes de educação profissional de mais de 60 países, são desafiados a confeccionar peças, coleções, programas de computador, realizar serviços, consertar aviões, enfim, desenvolver atividades típicas das 56 profissões em disputa. Entre os 1,3 mil participantes da 45ª WorldSkills Competition, estão 63 brasileiros, incluindo nove catarinenses – todos com o sonho de chegar no topo do pódio e trazer medalha de ouro.
Cada estudante será avaliado pelos conhecimentos, habilidades e atitudes no desenvolvimento de suas atividades, dentro de padrões internacionais de qualidade. A avaliação inclui a correta execução dos trabalhos determinados, com precisão milimétrica se for o caso, bem como a capacidade de planejamento, o uso adequado dos recursos e o comportamento de cada competidor diante dos oponentes, dos avaliadores e do público.
Allan Scholze (São Bento do Sul, em Fresagem CNC), Eduardo Hermann (Blumenau, em Gestão de Sistemas de Redes TI), Gabriele Raiser (Blumenau, em Vitrinismo), Gabriel Hoffmann (Palhoça, em Manutenção de Aeronaves), Gabriel Ribeiro (Blumenau, em Soluções de Software para Negócios) e a dupla Raissa Marcon e Jean Carlos Novak (Florianópolis, em Cyber Segurança) compõem a maior delegação que o SENAI/SC já enviou ao evento. Além deles, duas estudantes do SENAC/SC integram o time: Isadora Berti Guedes Pereira (Tubarão) competirá em Estética e Bem-estar e Jéssica Cristina de Campos (Rio do Sul), em Floricultura.
A delegação brasileira, que possui jovens de 12 estados, é uma das favoritas na disputa. O Brasil foi campeão em 2015, quando o torneio ocorreu em São Paulo. Dois anos depois, o país manteve-se no pódio, em segundo lugar, na competição realizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Os catarinenses conquistaram uma medalha de ouro em Polimecânica e quatro medalhas de excelência. “Temos uma educação profissional de excelência, por isso obtemos ótimos resultados em competições educacionais. Nossas escolas formam profissionais conectados ao novo mundo do trabalho, prontos para ajudar a indústria a enfrentar esse mercado cada vez mais globalizado”, lembra o diretor regional do SENAI/SC, Fabrizio Machado Pereira.
Além do ouro em Polimecânica, os brasileiros conquistaram medalhas de ouro em Mecatrônica, Eletricidade Industrial, Manufatura Integrada, Tornearia CNC, Automação, Escultura em Pedra e Tecnologia de Mídia Impressa, além de medalhas de prata, bronze e certificados de excelência. Também são tradicionais as equipes da Coreia do Sul, Alemanha, China, Suíça, França, Suécia e a anfitriã, Rússia, que evoluiu nos últimos anos, com o treinamento realizado pelo SENAI em intercâmbios que antecederam a competição.
Padrão de Excelência
Organizada pela WorldSkills International, entidade que trabalha desde 1950 em prol do desenvolvimento das ocupações técnicas, a WorldSkills Competition é realizada em um país diferente a cada dois anos. O torneio também indica a qualidade da educação profissional dos países participantes. O SENAI é a instituição brasileira associada à entidade internacional. “Seguramente, é uma boa escolha na construção do projeto de vida do jovem brasileiro buscar uma formação técnica em instituições como o SENAI. A educação profissional abre portas para o mercado de trabalho, potencializa a conquista do primeiro emprego”, reforça o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Cidade-sede
A cidade de Kazan, a 800 quilômetros a leste de Moscou, é a capital e maior cidade da República do Tartaristão, na Rússia. Possui 1,14 milhão de habitantes, é a sexta maior cidade russa em número de habitantes, sendo também um grande centro cultural, comercial e industrial, e um dos mais importantes focos da cultura tártara. Seu complexo arquitetônico e histórico é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.