A cegueira atinge 3,6% da população brasileira e afeta 37 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). Os sintomas têm causas congênitas e adquiridas, mas na maioria dos casos há a possibilidade de tratamento ou prevenção. O Dia Nacional do Cego é na próxima segunda-feira (13), ocasião na qual são lembrados os cuidados necessários para evitar ou curar as doenças dos olhos, os direitos dos deficientes e a importância do respeito e da inclusão.
Há doenças da visão que não apresentam sintomas claros e que avançam silenciosamente, daí a importância da prevenção, ou seja, da visita regular a um oftalmologista. A cegueira tem como causas principais a catarata, o glaucoma e a retinopatia diabética, mas também pode decorrer de infecções, traumas, uso de produtos químicos e da degeneração relacionada à idade – razão pela qual 82% dos cegos têm mais de 50 anos. Alto grau de miopia e nascimento prematuro também são apontados como causas da cegueira, que registra 150 mil novos casos por ano no Brasil.
“A prevenção é o melhor caminho para garantir a boa qualidade da visão em qualquer faixa etária”, afirma o médico oftalmologista Ernani Garcia, diretor técnico do HOF, Hospital de Olhos de Florianópolis. Ele explica que a cegueira é definida como uma deficiência na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), 60% dos casos são evitáveis e 20% são recuperáveis. A data, portanto, serve para dar visibilidade ao tema, estimular o debate a partir das opiniões e orientações de especialistas.
Foto: Fernando Willadino (Dr. Ernani Garcia)