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Florianópolis, 20 dezembro 2024
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Mutirão de oftalmologia garante atendimento e óculos para crianças em idade escolar no Hospital Universitário

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Próximo mutirão está marcado para a manhã de sábado, 13 de julho

Um programa desenvolvido por profissionais do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) está mudando a vida de crianças em idade escolar. Trata-se de um projeto de atendimento oftalmológico completo, com consultas, seis tipos de exames clínicos e até preparação de lentes e entrega de óculos com armação. Tudo isso no mesmo dia, beneficiando cerca de 100 jovens por mês.

“É o serviço público atendendo diretamente a população”, resumiu o médico oftalmologista Rodrigo Cavalheiro, coordenador do programa que conta com equipe de 11 profissionais – cinco oftalmologistas, um técnico em óptica, uma enfermeira e quatro técnicos de enfermagem – que faz atendimento uma vez por mês – num sábado, das 7 às 15 horas em um programa que vem sendo realizado desde setembro de 2015 e já ofereceu mais de 3.500 consultas, atendendo cerca de 2 mil crianças e que já distribui mais de 600 óculos para este público.

O consultório foi uma conquista do HU por meio do projeto Olhar Brasil, do Ministério da Saúde, vinculado ao projeto Saúde na Escola.

O próximo mutirão está marcado para amanhã., sábado, 13 de julho, e somente podem comparecer ao local as crianças que forem encaminhadas pela rede básica de saúde. “Geralmente, o problema é identificado pela própria escola. São crianças que, muitas vezes, têm dificuldades escolares e este problema está relacionado a deficiências visuais”, acrescentou o médico.

O chefe da Unidade Cérvico-Facil do HU, Juliano Gugelmin, que é técnico óptico e faz parte do projeto, destacou o papel social do programa e a importância deste tipo de atividade na vida da pessoa atendida. “É um trabalho de atenção integral à saúde da criança em idade escolar. Sabemos que grande parte dos problemas de aprendizagem está associada à falta de visão. Então, efetivamente, resolvemos um problema da criança e de sua família, garantindo que tenha uma vida escolar normal e isso interfira positivamente no seu futuro”, afirmou.

Geralmente, entre o primeiro exame e a entrega dos óculos (quando é identificada a necessidade) o atendimento dura de três e quatro horas. A criança chega com o responsável, faz os exames – teste de acuidade visual, refração, teste ortóptico, biomicroscopia, tonometria e mapeamento de retina -, e, se for o caso, é encaminhada para o técnico óptico. Em seguida, o paciente é levado para escolher a sua armação. Tudo isso na mesma manhã, sem necessidade de idas e vindas ao consultório.

Quem gostou desta agilidade e presteza é Josiane Santos Morais, mãe do menino Augusto Morais Maciel, de 10 anos, de Palhoça. “Ele já usa óculos mas o médico identicou a necessidade de uma revisão. Nós gostamos muito do atendimento e resolvemos tudo no mesmo dia, no mesmo local”, explicou, lembrando que o jovem Augusto passou por todos os exames, ganhou lentes novas e decidiu ficar com a sua armação, mas havia uma série de outras à disposição.

O trabalho não satisfaz apenas as crianças e seus responsáveis. Quem também sai com o sentimento de satisfação são os profissionais envolvidos no trabalho. “Só posso resumir isso em uma palavra: gratificação. É uma atividade em que você vê os resultados reais, na hora, o que muitas vezes você não consegue no ambulatório ou mesmo no consultório particular. Isso tem impacto na nossa vida como profissionais e nada é mais gratificante do que ver como podemos, com estes gestos, mudar a vida de uma criança em uma manhã de trabalho”, resumiu o oftalmologista Eduardo de Souza.