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Florianópolis, 23 novembro 2024

Multinacional de Florianópolis está democratizando a simulação computacional ao redor do mundo

TecnologiaMultinacional de Florianópolis está democratizando a simulação computacional ao redor do mundo
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Por meio da tecnologia cross-industry, empresa revoluciona processos e ajuda a moldar o futuro da humanidade 

Considerada a solução que promoveu a digitalização da engenharia, a simulação computacional está cada vez mais consolidada nas macrotendências de mercado no Brasil e no mundo. Com potencial para prever diversos cenários em diferentes projetos, ela possibilita a otimização de processos, diminui gastos, aumenta a segurança e oportuniza tomadas de decisão mais acertadas para empresas e indústrias. Por ser uma tecnologia cross-industry — conceito que engloba a inovação sem barreiras entre setores de mercado — é utilizada em segmentos como óleo e gás, aeroespacial, automotivo, metal mecânico, geração de energia, turbomáquinas, processos químicos e mineração. Mas se engana quem pensa que ela só serve para empresas ultra high-tech. A Engineering Simulation and Scientific Software (ESSS), multinacional brasileira pioneira na área, vem realizando um trabalho de democratização da simulação computacional ao redor do globo.

Disponibilizando ao mercado as mais avançadas ferramentas de Computer-Aided Engineering (CAE), a ESSS tem papel fundamental nos projetos mais inovadores do mundo nas áreas de fluidodinâmica, análise estrutural, eletromagnetismo e multifísica. Criada no laboratório de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a companhia contribui com o setor de tecnologia mundial, conta com mais de 500 clientes e 24 parceiros em 42 países. “Somos uma empresa de fornecimento de soluções em simulação para a área de engenharia. Com isso, criamos empregos de alta qualificação no país, licenciando soluções para empresas no Brasil e, consequentemente, ajudando nossos clientes a desenvolverem suas tecnologias”, contextualiza Clovis Maliska Jr, CEO da ESSS.

Como o conhecimento é indispensável para o setor, a ESSS também contribui com a academia, fornecendo tecnologia para mais de 500 universidades da América Latina, desde a base até chegar aos projetos mais complexos. Além disso, patrocina equipes estudantis da área. Por meio do Instituto ESSS, oferece diversos cursos, incluindo níveis introdutórios e até especializações, englobando acadêmicos e engenheiros que buscam aperfeiçoamento. 

“Como viemos do laboratório da UFSC, e não da área comercial, nós entendíamos sobre a tecnologia, suas especificidades do mercado de simulação. Começamos atuando com empresas que costumam investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país. Pela primeira vez o Brasil tinha uma empresa do segmento com uma filosofia de trabalho que olhava o longo prazo e o lado do cliente, suas demandas e necessidades, resolvendo problemas. Então optamos pelas melhores tecnologias e montamos um portfólio de soluções. Enxergamos isso em meados de 1998 e fomos em busca das melhores tecnologias disponíveis mundialmente para as demandas que as empresas tinham no país. Estudamos essas empresas e fomos entrando em contato para fazer parcerias com a ESSS. Como fomos precursores, conseguimos nos relacionar com as melhores empresas do exterior”, relembra o CEO.

O pioneirismo e a excelência das soluções da ESSS possibilitaram, entre outros destaques, a criação de softwares customizados para o Centro de Pesquisas da Petrobras,  responsável pelo Prêmio Max Award, da Fenasoft, pelo Desenvolvimento da Biblioteca de Programação COI-lib. Atualmente, a companhia conta com mais de 180 funcionários e operação em nove países. Além disso, é Ansys Elite Channel Partner, qualificação que é concedida a poucos dos mais de 80 parceiros da desenvolvedora Ansys no mundo. 

“Se investirmos muito para ter um alcance mundial com escritórios próprios, acabamos diluindo o esforço de investimento para desenvolvimento de tecnologia. Então nossas parcerias começaram a distribuir nossa tecnologia para outros países. A evolução acabou rompendo as barreiras do Brasil de forma natural. O próprio processo de globalização impulsionou a gente. Isso traz benefícios excelentes para o Brasil, gerando empregos de qualidade, trabalhando com visibilidade internacional”, complementa.

Desenvolvimento sustentável

Através da simulação computacional é possível criar equipamentos menores, mais eficientes e com um processo de desenvolvimento mais rápido. Por isso, a economia de recursos e sustentabilidade são resultados naturais do uso desta tecnologia e isso se aplica para todas as indústrias. É o caso, por exemplo, da ESSS Oil & Gas. Esse braço da companhia tem como objetivo fazer com que as empresas do setor de óleo e gás produzam com mais segurança e eficiência, diminuindo as possibilidades de vazamento. Dessa forma, pode-se gerar um consumo mais consciente dos recursos naturais, contribuindo para um desenvolvimento sustentável.

“Não temos como seguir consumindo recursos materiais, naturais e energéticos, da mesma forma que consumíamos antes. O Environmental, Social and Corporate Governance (ESG) é um exemplo, pois já nos demos conta disso. É possível mudar a eficiência das coisas. Ao mudar a eficiência das coisas, também mudamos hábitos. A velocidade do desenvolvimento tecnológico só foi possível por uma razão: simulação. A tecnologia vai permitir a gente ser mais eficiente em todos os sentidos, e isso vai impactar nosso estilo de vida e materializar o conceito de como ser mais sustentável”, explica. 

Segurança

A simulação computacional está presente em vários procedimentos de segurança. Como ela permite prever fenômenos físicos de forma eficiente, o impacto vai muito além da operação industrial. “A eficiência que a simulação da engenharia traz, seja produtiva, energética ou de segurança, faz um componente, equipamento ou processo mais confiável e consequentemente mais seguro. Sem contar que a gente já simulou equipamentos para minimizar eventos catastróficos. Por isso, a simulação tem um papel muito importante na segurança do dia a dia, além da operação nas indústrias”, afirma.

Futuro da simulação

Presente em diversos setores, contribuindo com sustentabilidade, segurança e educação, a simulação ainda tem muito para contribuir com a humanidade. “Esperamos no futuro que ela seja ainda mais acessível, mais fácil de usar, entregando resultados mais rápidos, que seja mais aplicável a problemas do cotidiano. Esse é um dos vetores de crescimento da simulação. Naturalmente, ela vai passar a resolver problemas mais complexos. É importante ressaltar que as nossas ferramentas nunca vão substituir o engenheiro, ele sempre vai estar lá. Esse é um ponto fundamental. Mas a simulação computacional vai fazer a responsabilidade do engenheiro se tornar cada vez maior. Ao capacitar o engenheiro para resolução de problemas mais complexos, maiores e de forma mais rápida, você está potencializando o profissional. Por isso, a tecnologia é uma combinação de ferramentas, conhecimento e pessoas”, finaliza.