Florianópolis é referência na área!
Juca Ferreira visitou o Sapiens Parque e conheceu o estúdio que está produzindo o longa metragem “Minhocas”.
Um país em que apenas 13% da população vai regularmente ao cinema e 17% lê livros com freqüência pode aspirar a criação de uma indústria cultural forte? Na avaliação do ministro da Cultura, Juca Ferreira, não só pode como está perdendo oportunidades no setor. “Ao mesmo tempo em que a cultura é restrita a uma parcela pequena da população, o consumo de itens culturais hoje representa 5% do PIB e gera 6% do emprego formal do Brasil”, defendeu Ferreira durante visita ao Sapiens Parque, na tarde desta terça-feira (03), em Florianópolis.
O ministro veio à Capital a convite do governo do Estado para assinar convênios, discutir a realidade do setor com produtores culturais e conhecer os estúdios da AnimaKing, empresa sediada no Sapiens Parque que está produzindo o primeiro longa metragem de animação stop motion do país. O filme “Minhocas” é uma coprodução Brasil/Canadá e que terá distribuição da Fox e da Globo Filmes. “Interessa muito ao país a criação de uma indústria de animação. Estamos exportando muitos profissionais de grande qualificação e a falta de planejamento e políticas públicas pode repetir na área cultural o que acontece com os jogadores de futebol, que já crescem em clubes de outros países”, opinou Ferreira, que assistiu a trechos do filme ao lado de parlamentares catarinenses como a senadora Ideli Salvatti, o deputado federal Cláudio Vignatti e o estadual Pedro Uczai.
Orçado em R$ 10 milhões e com previsão de lançamento em 2010, “Minhocas” une arte e tecnologia de ponta, como na produção de bonecos, feitos em uma impressora 3D, e na filmagem, com gruas robotizadas que permitem movimentos especiais das câmeras – tudo isso desenvolvido em Florianópolis, pela Fundação Certi. “Utilizamos uma linguagem universal com um ‘tempero’ bem brasileiro”, explicou Paolo Conti, um dos diretores do filme, que terá uma estratégia de divulgação diferenciada, com quizzes e jogos em mesas interativas nas salas de cinema. “Isso promove um relacionamento mais estreito entre o público e o filme, além de otimizar os custos de publicidade”, argumenta Arthur Medeiros, codiretor do filme.