Sétimo livro do escritor e jornalista Cláudio Schuster será lançado nesta quarta-feira (24), no Araçá Botequim, com show que traz músicas inspiradas em seus poemas
“Eis um livro de levezas e risos”, mas também de “rebeldia, repulsa ao convencional e aos padrões sociais que nos aprisionam”. Assim é beba poesia volume III (Mondrongo), do escritor e jornalista Cláudio Schuster, nas palavras da atriz, escritora e professora Rita Santana, que assina o prefácio da publicação. O lançamento acontece nesta quarta-feira (24), no Araçá Botequim, na Lagoa da Conceição, a partir das 19h. Às 21 horas, um show antecipa algumas músicas do álbum Há um blues no fim do túnel, parceria do poeta com o músico Marcoliva, que será lançado em novembro. A apresentação, além de Marcoliva (voz e violão) e Cláudio Schuster (poesias), terá as participações de Alexandre Damaria (percussão) e Cris Ferreira (guitarra).
Com 86 poemas escritos desde 2019, ano em que o autor publicou o segundo volume da trilogia, beba poesia volume III é o sexto livro de poesias e o sétimo na carreira de Cláudio Schuster, que em 2021 lançou suas crônicas em Vai dar merda (Mondrongo). “É um dia muito especial, que marca a chegada de meus 60 anos com o novo livro e esta nova e fantástica experiência de criar músicas e videoclipes com grandes e queridos artistas, como Marcoliva, Cris Ferreira, Rafael Calegari, Rafael Meksenas, Claudia Aguiyrre e Maurício Muniz”, comemora Cláudio Schuster. Tudo para compensar um pouco o difícil período de reclusão com a pandemia, que deixou sua marca em beba poesia volume III. “Mas sobretudo persigo o caminho das imagens poéticas que surpreendam, que nos tirem do real não como alienação, mas antes como construção de uma utopia que nos remeta a novas possibilidades, em um novo mundo”.
Com o exercício da concisão, que procura provocar o máximo com o mínimo, o poeta “convida o leitor para ser uma espécie de continuador do poema”, explica o editor da Mondrongo, Gustavo Felicíssimo. Também escritor e poeta, Felicíssmo define a poesia de Cláudio Schuster como “poético-existencial, aforismática e reflexiva, que muito nos faz lembrar o haicai de cariz espirituoso, aclimatado no Brasil por poetas como Millôr ou Leminski”.
Para Rita Santana, baiana como a editora Mondrongo, esse “banquete de imagens sintéticas deixa-nos um pouco ébrias e imersas em nossos próprios desejos, agora ampliados, modificados”. A escritora diz ainda que os versos “tocam o feminino com sutilezas inexplicáveis, em um livro de amores desengaiolados, de pequenas carícias e de nostalgia de um passado que permanece”.
Natural de Pelotas (RS), Cláudio Schuster é formado em Jornalismo pela UCPel e está radicado em Florianópolis (SC) desde 1986. Desde então, escreveu crime perfeito (publicação do autor – 1994), risco (publicação do autor – 1997), bluz (Blocos – 1999), beba poesia (Insular – 2016), beba poesia volume II (Mondrongo – 2019), beba poesia volume III (Mondrongo – 2022) todos de poesia, além do livro de crônicas Vai dar merda (Mondrongo, 2021), ilustrado pelo premiado Cláudio Duarte.
Crédito da foto: Guto Campos