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Florianópolis, 23 novembro 2024

Lideranças de turismo e de tecnologia planejam ações para fortalecer vocações econômicas de Florianópolis

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Entidades como Destino Floripa & Região e o grupo de trabalho de Turistechs da ACATE iniciam mapeamento de empresas inovadoras e oportunidades de eventos para trazer visibilidade e negócios à “llha do Silício”

Conectar ações de promoção turística ao potencial de desenvolvimento de tecnologias para o setor de turismo é o propósito que vem unindo lideranças de dois dos principais segmentos econômicos de Florianópolis. A Capital catarinense, um destino turístico consolidado e em expansão, teve nas últimas décadas um desenvolvimento exponencial do setor de tecnologia – passando de menos de 600 empresas em 2010 para quase 4 mil, somando um faturamento anual que ultrapassa R$ 6 bilhões – o que também motivou a criação de startups que atendem o mercado de viagens e de turismo.

Neste início de 2024, o Grupo de Trabalho de Turistechs da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), ligada à vertical de Cidades Inteligentes, e o Destino Floripa & Região estão iniciando ações conjuntas para fortalecer o potencial destes dois segmentos que formam hoje a principal base econômica da cidade. Ambas as entidades contam com novas lideranças: no GT da ACATE, assumiu em janeiro o empreendedor José Almeida, fundador da BuscaOnibus, plataforma pioneira de busca de passagens rodoviárias do país; no Destino Floripa & Região, o novo presidente é Mario Costa Jr., CEO da LocalTour, que atua com turismo receptivo e que também já empreendeu no setor de tecnologia (foi diretor da Multinet Sistemas, incubada na ACATE na década de 1990).

LEVANTAMENTO

O planejamento começa pelo levantamento de startups que atendem o setor de viagens e turismo (traveltechs e turistechs), tanto no setor público quanto no privado, para gerar conexão e novas oportunidades de negócio, além de um estudo com as principais feiras e eventos e de programas de incentivo ao turismo e a startups do setor.  “A conexão do turismo com a tecnologia certamente vai ampliar o potencial econômico de Florianópolis, que já é reconhecida nacional e internacionalmente em ambos os mercados, mas que pode avançar com projetos e iniciativas conjuntas”, comenta Almeida, natural de Portugal e que empreende em Florianópolis desde 2009.

“Vemos que muitas empresas de tecnologia de Florianópolis organizam pequenos eventos na cidade, seja de networking ou de treinamento, trazendo pessoas de todo o país e também de fora. Esses eventos movimentam a cadeia turística ao longo do ano, trazem um público qualificado, mas não estão no mapa do trade. Por isso, queremos aproximar mais esses segmentos”, explica Mario Costa Jr., do Destino Floripa & Região. No ano passado, a entidade realizou ações para dar visibilidade internacional à Capital como destino turístico, em parceria com a Zurich Airport, que administra o aeroporto internacional, e várias companhias internacionais interessadas em colocar Florianópolis em suas rotas.

Ainda que o segmento seja mais reconhecido por desenvolvedoras de sistemas para outros mercados, como saúde, construção civil, marketing e vendas, por exemplo, há importantes iniciativas inovadoras na área turística – como a SmartTour, plataforma de turismo inteligente focada em prefeituras, que já venceu três vezes o prêmio nacional do Ministério do Turismo. 

OPORTUNIDADE

“Neste novo momento, vamos ter forte atuação também nas turistechs que atuam no mercado corporativo do turismo (B2B)”, comenta a diretora da Vertical de Cidades Inteligentes da ACATE, Thais Nahas. “Se o turismo da cidade, seja nos hotéis, agências, guias e roteiros for inovador e trouxer tecnologia, isso certamente melhora a experiência do visitante e o desempenho das empresas. Nossa ideia é fazer essas conexões, participar de todos os eventos que pudermos, como um grupo, debatendo e ajudando a desenvolver soluções”, resume

Outra oportunidade para o setor, reforça José Almeida, é o aumento de programas de aceleração para startups criadas por entidades como o Ministério do Turismo e Embratur.

“Essas iniciativas são cruciais para o amadurecimento do nosso mercado. A competição com empresas internacionais tem feito o mercado evoluir muito, mas também é importante termos programas de fomento ao empreendedorismo para desenvolver negócios a partir de demandas reais – e colocar a cidade cada vez mais em evidência”.