O Comandante da 11ª Região da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), Coronel Araújo Gomes, usou as redes sociais para criticar a decisão da Juíza Erica Lourenço de Lima Ferreira, que concedeu liberdade a um homem com várias passagens policiais e uma condenação por tráfico de drogas que foi preso mais uma vez esta semana pela PM após balear, junto de um comparsa, quatro pessoas nos Ingleses.
A Juíza alegou que os disparos efetuados esta semana são fruto de acerto de contas entre facções criminosas e não colocam a sociedade em risco.
Araújo Gomes classificou a decisão como “um desrespeito com os policiais que arriscaram suas vidas fazendo a prisão, uma temeridade com a comunidade que o receberá mais ousado e violento e uma evidência de que decisões judiciais precisam se submeter ao processo de accountability (prestação de contas) como qualquer ação do poder público”.
Confira a mensagem do Coronel Araújo Gomes na íntegra. Para ver a publicação original, com a decisão da justiça em anexo, clique aqui.
"Ao longo das últimas semanas a Polícia Militar na grande Florianópolis vem travando uma verdadeira guerra pela proteção da população.
Nos inúmeros confrontos com bandidos fortemente armados neste periodo já tivemos 6 Policiais Militares feridos….
Colocamos a vida em risco para proteger!
Por isso, há a fatos incompreensíveis aos nossos olhos: decisões que precisam de explicação para a sociedade.
Um bandido, com 14 passagens policiais e uma condenação por tráfico de drogas (e mesmo assim solto) foi pego pela Policia Militar com uma pistola calibre .45 e CONFESSOU ter participado poucos minutos antes de uma tentativa de chacina onde invadiu um bar no bairro ingleses e baleou 4 pessoas…. informou ainda que a ação era intencional, planejada e ligada a uma facção criminosa!
Poucas horas depois, durante a Audiência de Custódia, onde o promotor não estava presente (e deveria estar), a juíza determinou sua soltura justificando que não trazia risco para a sociedade pois se tratava de acerto entre facções e portanto um fato limitado, que não justificava usar o recurso extremo (ultima ratio) do cerceamento da liberdade.
Um desrespeito com os policiais que arriscaram suas vidas fazendo a prisão, uma temeridade com a comunidade que o receberá mais ousado e violento e uma evidência de que decisões judiciais precisam se submeter ao processo de accountability (prestação de contas) como qualquer ação do poder público.
E nós?
Continuamos presentes e protegendo. .."