Com características bem identificadas, os turistas argentinos estão correspondendo a expectativa na previsão de chegada por parte da Santur, Secretaria de turismo, governo do estado e serviços privados. Já chegaram 34 mil desde a abertura da temporada, a expectativa é que possam ser 200 mil para ser a melhor temporada dos últimos oito anos, basta que o tempo e condições climáticas colaborem.
Mesmo assim, os números estarão bem longe dos 300 mil que fizeram um recorde no verão de 2001, mesmo com o ganho em benefícios dos preços atuais na desvalorização do real. Estarão acima dos 194 mil de 2007, e dos 214 mil do ano passado.
Porém, embora continuem chegando com tradicionais identificações, como o mate ou a camiseta do clube favorito, estes turistas que chegam não são os que o Brasil e Santa Catarina bem conheceram nos anos 90, quando vieram com a febre consumista, na famosa época do uno por dos.
Nesta temporada de 2008, pedir descontos virou moda. Sejam famílias ou jovens que chegam em grupos. A média desde o dia 20 é de cinco ônibus diários, procedentes de diferentes pontos do vizinho país. Neste final de semana, somente no sábado foram 25.
Já não chegam também com ares despreocupados de nem perguntar quanto custa. Na época prévia de inteligência financeira turística, não preferem de imediato as praias top de Florianópolis, repartindo-se muito mais entre Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, Balneário Camboriú e Bombinhas. Resignam-se a menos gastos, procurando economia seja na hospedagem, passeios, alimentação e diversão.
É um novo elenco que está evidenciando uma característica com os sinais da crise econômica que corre o mundo. O número de turistas pode se manter ou até mesmo crescer, mas a geração de divisas, isto não vai acontecer, já é uma verdade que a indústria do turismo – seja em Santa Catarina ou õutras regiões brasileiras – começa a reconhecer. Com os estrangeiros e os próprios brasileiros.