Quando se fala em inteligência artificial (IA) logo vem à mente os filmes de ficção científica ou o desenho animado “Os Jetsons”, com os robôs falantes, simulando ações humanas com habilidades impensáveis. Mas o que antes estava apenas nas telas do cinema e da TV está cada vez mais presente e concreto no mundo real. O recurso está, por exemplo, na assistente virtual do celular, que responde às perguntas do usuário, como pesquisa e agendamento de compromissos. E sabe aquele sonho de ter um carro autodirigido ou que simplesmente estacione sozinho? Isso também tem se desenvolvido, tudo com essa tecnologia que simula o processo de aprendizado humano com o uso de hardwares e softwares.
São muitos os avanços nos últimos tempos, que promoveram funcionalidades básicas do dia a dia, e colaboraram na execução de algumas atividades que talvez poderiam ser tediosas ou até mesmo perigosas. Os exemplos de uso da inteligência artificial estão por diversos espaços e setores.
No sul do Brasil, há aeroportos com sistema de monitoramento de temperatura no desembarque de passageiros, que tem como base essa tecnologia de conceito futurista. Também existem aparelhos auditivos mais modernos com recursos aprimorados e aplicativos capazes de traduzir uma conversa em áudio em até 27 idiomas, por exemplo.
No setor de Recursos Humanos de empresas, a IA também tem sido usada para seleção e recrutamento de profissionais. As indústrias, por sua vez, têm apostado nesses mecanismos e promovido mudanças significativas nos processos, com ferramentas digitais para otimizar os trabalhos e melhorar a produtividade.
Até mesmo nos famosos aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, empresas têm utilizado robôs responsivos para o relacionamento com clientes e parceiros por meio de processamento de linguagem natural, com interpretação de diálogos e criação de conversas. As ferramentas são capazes de detectar como o humano se apresenta, como ele fala e quais são as sensações que ele passa, sendo possível, com isso, identificar padrões e descobrir as intenções por trás daquilo.
As programações de entretenimento também fazem uso de recursos de IA para se tornarem mais atrativos, em uma área cada vez mais competitiva e na busca por audiência, a exemplo dos reality shows. No universo dos jogos online, o progresso que envolve inteligência artificial tem colaborado para melhorar a experiência dos usuários, possibilitando a imersão em ambientes cada vez mais reais, ainda que no campo virtual. A tecnologia também é usada para gerar mais eficiência e garantir segurança das plataformas, e os desafios se tornam ainda maiores com as tendências de 5G, algoritmos inteligentes e metaverso.
Outro ponto que demonstra que há muito avanço na tecnologia de inteligência artificial para imitar a tomada de decisões e ações humanas são os testes já realizados em jogos que dependem de raciocínio e variações complexas. Embora tudo tenha começado na década de 1950 com o título de tabuleiro “damas”, programas posteriores conseguiram até jogar jogos como xadrez e Jeopardy. Porém, mais do que jogar contra uma máquina, o desafio era competir com um sistema capaz de tomar decisões. Curiosamente, há casos em que a IA ainda não atingiu todo o seu potencial até hoje, especialmente em situações com informações incompletas, como tratamentos médicos ou jogos de poker. Diferentemente do xadrez, em que as peças estão dispostas claramente no tabuleiro, um programa como esse precisaria desenvolver estratégias diante de cada situação (ou adversário) sem conhecer todas as informações.
Tudo isso mostra que a inteligência artificial tem possibilitado uma infinidade de recursos nas mais diversas áreas e serviços. No cotidiano, no trabalho ou no entretenimento, os avanços tecnológicos que se assemelham à consciência humana vêm surpreendendo. A praticidade e as experiências cada vez mais singulares possibilitam novas formas de desfrutar e executar tarefas e, por vezes, fica aquela sensação de que os sistemas adivinham os pensamentos. A inteligência artificial e tudo que ela torna real revelam um futuro, antes longe e fora do real, agora cada vez mais presente e concreto para as pessoas e para os diferentes mercados.