Na última quarta-feira (14), o Instituto Vilson Groh realizou a formatura de cerca de 200 adolescentes e jovens que participaram, ao longo do ano, do Projeto Pode Crer. Com idade entre 14 e 22 anos, esse público, que vem de comunidades periféricas, participou de cursos voltados à tecnologia, programação e design, empreendedorismo, inglês, arte e cidadania.
Em seu segundo ano consecutivo, o Pode Crer vê novos horizontes para as juventudes: o mercado de tecnologia e inovação de Florianópolis, que cresce exponencialmente todos os anos, de acordo com pesquisas da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE).
Outros índices impressionam: segundo dados da Endeavor, a capital catarinense ocupa o segundo lugar no Ranking de Cidades Empreendedoras, ficando apenas atrás de São Paulo. No entanto, boa parte da população jovem da cidade se vê às margens de todo esse crescimento, especialmente aquela que vive nas periferias.
Como o Pode Crer transforma vidas a partir dos talentos
Com oficinas focadas no desenvolvimento pessoal e profissional dessa juventude, o Instituto Vilson Groh tem conseguido reverter esse quadro. A jovem Ashley de Andrade, de 16 anos, descreve a experiência com uma palavra: “Evolução. Olhando para trás, vejo o quanto eu evoluí. Hoje consigo me comunicar em público”.
Outro jovem que venceu a timidez foi o Thiago dos Santos, de 20 anos, que hoje se prepara para o vestibular, no curso Pré-vestibular do IVG, pretende estudar Educação Física e encontra na dança uma forma de expressar suas ideias e se comunicar com as pessoas.
Jackson Ribeiro (17) se encantou pelo mundo da ciência de dados. É um dos 10 jovens que teve 100% de assiduidade nas oficinas. “Se não fosse o Pode Crer, eu não teria a oportunidade de acessar todo esse conhecimento e me interessar pelas possibilidades que esse universo oferece”, pontua.
O professor de jogos digitais e robótica, Lucas Ribeiro, se diz privilegiado por poder ensinar programação aos jovens do Pode Crer. Ele, que atuou no Laboratório de Inovação, no Pode Crer, por meio de uma parceria entre IVG e FIESC, conta que “o primeiro contato com a programação é um pouco complexo, mas que, à medida que vai se aprofundando no assunto, vamos vendo que isso é um mito. Basta se dedicar e praticar para ver um novo mundo cheio de possibilidades”.
Lucas ressalta ainda a busca de empresas por profissionais capacitados. “Estamos num pólo tecnológico, onde há muita oferta de emprego. Você abre os sites das empresas e sempre há vagas em aberto. Por isso é importante formar esse público para esse mercado e dar a eles a oportunidade de conhecer”, finaliza.
Formatura contou com a presença de Pe. Vilson e patrocinadora oficial
A entrega dos certificados aconteceu no auditório do Sest Senat, em Florianópolis e foi marcada por muitas expressões artísticas e culturais, do Rap à dança. Além disso, Pe. Vilson Groh, um dos idealizadores do Pode Crer, trouxe aos jovens uma mensagem de incentivo a continuarem estudando, aprendendo e a não pararem de sonhar. “Quem não sonha, envelhece”.
A patrocinadora oficial do Pode Crer, Caixa Econômica Federal, esteve presente na pessoa do superintendente executivo de governos da Caixa na região de Florianópolis, Carlos José Gevaerd Fernandes. Além de poder contar com o patrocínio da Caixa, o Projeto “Caixa Tem – Programa Pode Crer” conta com apoio da ACATE, da FIESC, do Sebrae, da WOA e do Floripa Sustentável.