O Impostômetro de Florianópolis, que considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos – impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária -, já ultrapassou a marca dos R$ 500 milhões. A informação é da Associação Comercial e Industrial da cidade (ACIF).
Segundo o diretor de Assuntos Tributários da entidade, Denissandro Perera, em 2015, a carga tributária teve um aumento mesmo com a redução do Produto Interno Bruto. “A marca de um trilhão de impostos arrecadados pelo poder público foi alcançada com antecedência de onze dias em relação a 2014 e vamos fechar 2015 com aumento de 5,8% sobre o que foi pago no ano passado”, explica.
“Enquanto isso, seguimos com a máquina pública inchada. Não há esforço para diminuir a ineficiente estrutura e fazer melhor com menos recursos, preferindo sempre cobrar dos cidadãos, empresários e trabalhadores, o preço pela sua ineficiência”, reforça o presidente da ACIF, Sander DeMira.
De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), mesmo com a 13ª maior carga tributária do mundo, o Brasil segue, pelo quinto ano consecutivo, sendo o país que proporciona o pior retorno oferecido em termos de serviços públicos de qualidade à população. E só com o que foi pago pelos contribuintes da capital catarinense neste ano, seria possível construir 1,7 mil postos de saúde equipados, 5,3 quilômetros de redes de esgoto, 35,7 mil salas de aulas equipadas ou asfaltar 429 quilômetros de ruas e estradas.
A lista com todos os tributos cobrados no Brasil pode ser acessada aqui.