Reduzir a superlotação na Emergência Adulto, com melhoria dos processos de trabalho, aumento da eficiência e redução de etapas desnecessárias. Com esta meta, a equipe de profissionais do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) recebeu nesta quarta-feira, 12, especialistas do hospital Sírio-Libanês que estão aplicando um projeto chamado Lean nas Emergências.
Trata-se de um projeto do Ministério da Saúde desenvolvido por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS – Proadi/SUS, executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. A Metodologia Lean utiliza princípios e técnicas que buscam reduzir o desperdício de recursos e fortalecem as atividades que agregam valor aos processos. Assim, o objetivo do projeto Lean nas Emergências é reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e filantrópicos. Na tradução livre, “lean”, em português, quer dizer "enxuto".
“A metodologia já está sendo aplicada. Já fizemos o diagnóstico, vimos que há muito envolvimento da equipe para estas mudanças”, disse a consultora em processos do Sírio Libanês, Juliana Barros que, juntamente com o médico e consultor do hospital paulista, Alisson Veríssimo, apresentou o diagnóstico realizado na Emergência Adulto e detalhou os passos do projeto para a equipe do hospital.
Alisson Verissimo explicou que o trabalho de implantação de metodologia já está em andamento e é realizado em ciclos nas instituições. Atualmente, o projeto está na fase do diagnóstico operacional. Durante todo o projeto, que consiste ainda em executar e controlar a implantação na Emergência, são realizadas nove visitas quinzenais para apoiar as equipes com as melhores práticas de melhoria contínua, compartilhar as experiências de sucesso anteriores e acompanhar os resultados. Os especialistas ressaltaram que o projeto é uma construção colaborativa com vários servidores que precisa de apoio da alta liderança do hospital.
A gerente de Atenção à Saúde do HU, Francine Lima de Gelbcke, que recebeu os especialistas, disse que a superlotação é um problema frequente não só do hospital catarinense, mas de várias emergências em todo o Brasil na rede pública, por isso, a equipe inicia este trabalho com bastante expectativa. “Estamos ansiosos com o resultado que podemos obter com este projeto. Sabemos que esta é uma situação comum em vários hospitais, mas sabemos também o quanto este projeto tem auxiliado estas instituições”, resumiu.
Os especialistas explicaram que o projeto é implantando em ciclos nos hospitais e hoje já foi implantando em 97 instituições de 23 estados, com resultados positivos, reduzindo o tempo de espera do paciente, o tempo porta-médico (todo o processo) e o tempo de internação dentro da emergência.