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Florianópolis, 28 novembro 2024
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Grupo Teatral (E)xperiência Subterrânea apresenta comédia ácida sobre o sexo na Capital

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O Grupo Teatral (E)xperiência Subterrânea estreia a peça Mierda Bonita às 19h de sábado, 3, no Museu da Escola Catarinense, ex-Faed, e no domingo, 4, na Casa Vermelha, no mesmo horário. O espetáculo vai estar em cartaz ao longo de setembro nos dois espaços do Centro de Florianópolis. A peça é uma comédia ácida, contemporânea e despreocupada, uma tentativa de entender a sexualidade atual, suas caixas, suas possibilidades. Em cena, a atriz Lara Matos e os atores Marco Antonio de Oliveira e Lucas Heymanns. A direção é de André Carreira. Confira o serviço completo no fim da matéria. 

 O cenário é minimalista e o texto fala de amor, sexo, política e das contradições atuais. Segundo a atriz e produtora Lara Matos, Mierda Bonita praticamente se escolheu para o Grupo (E)xperiência Subterrânea. “Foi meio que como um encontro. Temos nossas angústias e queríamos falar delas. Quando o André Carreira nos apresentou o texto, a proposta casou perfeitamente com o tipo de espetáculo que queríamos fazer, que chegasse muito próximo do espectador, intenso, mas com uma linguagem acessível”.

 Para o grupo, além do contato com a obra de Pablo Gisbert, o ponto de partida para a criação de Mierda Bonita foi também a necessidade de falar claramente e muito diretamente sobre as relações afetivas e sexuais na contemporaneidade, com relações sociais completamente mediadas por consumo e exposição.

 Segundo a jornalista Diana Delgado-Ureña, Mierda Bonita é uma prosa que desvenda um pensamento crítico com o sistema e a ordem estabelecidos. Examina, sem perder o sentido de humor, questões incômodas, como a relação entre a vida pública e a privada, as perversões que acumulamos, os corpos, o autoengano como forma de subsistência e a inevitável brecha entre o que pensamos e o que dizemos.

 Com tradução do grupo, o texto Mierda Bonita é do jovem dramaturgo espanhol Pablo Gisbert, pela primeira com uma montagem no Brasil. Depois de Florianópolis, a peça deve ser levada para outras cidades brasileiras. O grupo escolheu os espaços da Faed e da Casa Vermelha porque o texto é intimista e a ideia é que o público fique próximo. O diálogo é feito de frente, olhos nos olhos com o espectador. Outro aspecto da escolha de dois locais do centro antigo é também para ampliar a agenda artística deste espaço da cidade.

 O GRUPO

 Fundado, em 1995, o Grupo Teatral (E)xperiência Subterrânea é formado , atualmente por André Carreira, Marco Antonio Oliveira, Lara Matos e Lucas Heymanns,  tem desenvolvido um rigoroso trabalho centrado nos limites do ator, e na experimentação com o espaço cênico, particularmente, com a cidade com o lugar.

Premiado, o grupo ganhou diversos prêmios nacionais e tem apresentado seus espetáculos em diferentes países da América Latina. Nos seus 15 anos de existência esteve em contato com vários artistas para fomentar a formação de seus atores. Entre eles, a professora de Preparação Vocal Mônica Montenegro (São Paulo), o especialista em teatro oriental Andrew T. Tsubaki (Japão/EUA), o diretor e cenógrafo Gianni Ratto (São Paulo), a professora Julia Elena Sagaceta (Instituto Universitário Nacional de las Artes/Argentina), o diretor Francisco Javier (UBA/Argentina) e o diretor e dramaturgo Guillermo Cacace (IUNA Argentina).

FICHA TÉCNICA

 Em cena

Lara Matos

Marco Antonio de Oliveira

Lucas Heymanns

 Direção

André Carreira

 A partir do texto de

Pablo Gisbert

 SERVIÇO

 Sábados, 3, 10 e 24 de setembro, às 19h, no Museu da Escola Catarinense

Rua Saldanha Marinho, 196, centro, Florianópolis, fone 3225-8656

 Domingos 4, 11 e 25 de setembro, às 19h, na Casa Vermelha

(Rua Conselheiro Mafra, 590, centro, Florianópolis, fone 3209-8312)

 Ingressos a R$ 20 e R$10 (meia entrada)