A convite do governador José Ivo Sartori, o empresário Luciano Hang, presidente do Grupo Havan, apresentou nesta quarta-feira, 31, em Porto Alegre, os planos para instalar quatro Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e até 50 mega lojas no Rio Grande do Sul nos próximos anos. Os investimentos devem chegar a quase R$ 2 bilhões e gerar até 10 mil novos empregos diretos no Estado.
Hang visitou as cidades de Passo Fundo e Caxias do Sul antes de se encontrar com o governador, na Capital. Na audiência foram discutidas as necessidades da Havan para viabilizar projetos já em andamento e outros que a empresa deverá anunciar em breve para a região. O empresário considera que o convite do governador demonstra o interesse do Estado em reduzir a burocracia e prospectar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento econômico e social.
Uma das frentes de investimento apresentadas pelo Grupo Havan prevê a instalação de um complexo com quatro PCHs na região entre os municípios de Quevedos, Júlio de Castilhos e São Martinho da Serra. Os investimentos somam R$ 400 milhões, para gerar 63mw de energia. A empresa já mantém três hidrelétricas em funcionamento, sendo duas no Sul de Santa Catarina e uma em Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.
O foco principal, porém, é o plano de expansão varejista. Embora não tenha definidas as cidades onde pretende instalar a marca Havan, Luciano Hang anuncia que poderá investir até R$ 1,5 bilhão na instalação de 50 mega lojas no Estado, com a geração de 10 mil empregos diretos e 50 mil indiretos.
“Para isso, não precisamos de incentivos fiscais, de terrenos ou de outros benefícios. Tudo o que pedimos é rapidez na aprovação dos alvarás e agilidade nas licenças de construção. Além, é claro, de liberdade para poder trabalhar aos sábados, domingos e feriados, respeitando-se a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conforme já ocorre nas demais regiões do País em que atuamos”, diz o empresário.
Hang afirma que a liberdade de funcionamento é essencial para o comércio, que tem como principal concorrente as vendas online. “Temos que possibilitar ao consumidor a escolha de comprar em lojas físicas, que geram empregos e impostos no município. Se não, ele irá comprar com facilidade no e-commerce, em qualquer lugar do mundo, no dia e na hora que desejar, sem que isso traga benefícios para a região em que vive”.