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Florianópolis, 27 novembro 2024
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Greve entra na 3ª semana e bancários pedem o apoio da população

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A greve nacional dos bancários chegou ao 14º dia nesta segunda-feira, 19, sem perspectivas de acabar. Na capital catarinense, representantes do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região (SEEB) reunidos na região central, aproveitaram o começo da tarde, horário de grande circulação de pessoas pelo Largo da Catedral, para fazer um discurso para os transeuntes. 

Os grevistas ressaltaram "os lucros bilionários dos bancos nos últimos anos" e afirmaram que eles servem apenas a uma elite no Brasil, e não atendem como deveriam o trabalhador. No discurso os bancários também solicitaram que a população entenda o lado deles, pois estão lutando contra "uma das forças mais poderosas do país, que é o poder econômico".

Prejuízos

Na última sexta-feira, 16, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL) divulgou uma nota sobre a greve dos bancários. No documento, a FCDL afirma que os  municípios catarinenses estão amargando prejuízos em razão da queda no movimento e das dificuldades operacionais para honrar compromissos com fornecedores.

Abaixo as reivindicações dos bancários em greve:

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).