Gari há 14 anos na Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), Satiro dos Santos vem fazendo muito mais do que recolher o lixo de Florianópolis. No contra turno de seu expediente, ele pega tudo o que consegue na coleta seletiva e leva para a sala de aula.
A ideia surgiu há cerca de cinco anos. Baleia, como é conhecido pelos amigos e alunos, percebeu que havia muita coisa no lixo que poderia ser reaproveitada. Durante à tarde ele percorre as ruas do Norte da Ilha na coleta de lixo e três vezes por semana, pela manhã, vai para a Escola Básica Adotiva Liberato Valentim, na Costeira, com uma sacola pesada nas costas do material recolhido e que irá se transformar em material para as crianças.
Três vezes por semana Satiro visita a Escola Básica Adotiva Liberato Valentim (Foto: Petra Mafalda)
Nas oficinas de reciclagem os pequenos com idades entre 7 e 9 anos aprendem que muita coisa que descartamos pode se transformar em painéis, em brinquedos, em cartazes, cartões e tudo mais que a imaginação deixar.
“Hoje trouxe restos de calendários que encontrei na coleta, com eles vamos fazer cartões para o dia das mães”, disse.
Oficina chega a formar fila de espera
As oficinas com o Baleia são concorridas, todos os alunos querem fazer, mesmo não estando na programação da turma.
“Está sendo muito gratificante. As crianças adoram e levam os ensinamentos para casa, passam a separar o lixo, a ter consciência de que muito que vai fora pode ser aproveitado”, comenta.
Interessados em marcar oficinas com o gari podem se informar pelo telefone (48) 8423-2849.
O texto contou com informações da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Florianópolis.